Polícia

Criminosos assaltam na mesma parada de ônibus pela 3ª vez

Vítimas e moradores próximo ao local dizem que os crimes acontecem geralmente por volta das 7 horas da manhã

A parada de ônibus que fica no começo da rua Francisco Expedito da Silva, no bairro Sílvio Leite, zona oeste da Capital, foi atacada mais uma vez por assaltantes. Nas últimas três semanas o local foi alvo de roubos. A última ocorrência no local se deu por volta das 7h de quinta-feira, dia 6.

De acordo com uma das testemunhas, os bandidos aproximaram-se da parada, onde havia muitas pessoas e, com uma arma em punho, tomaram o telefone celular de uma das vítimas. Eles só não roubaram mais pessoas porque alguém gritou que a Polícia se aproximava. “A cada semana acontece um novo crime nessa parada. Semana passada, por exemplo, umas vinte pessoas foram assaltadas. Eles usavam um revólver para intimidar e saem recolhendo celulares, bolsas e mochilas. Levam o que dá para levar”, explicou o cabeleireiro que trabalha em frente ao local dos crimes.

Um aposentado contou para a reportagem da Folha que os assaltantes escolhem sempre o mesmo horário para atacar as vítimas. “Entre as 6h50 e 7h da manhã eles passam. Mesmo com a movimentação da rua, com crianças entrando na escola que também fica em frente à parada, eles cometem os roubos. Não temem nada. Levaram a bolsa da minha esposa contendo a farda do trabalho dela, o celular, chave de casa e a carteira com os documentos”, destacou.

Um rapaz que estava na barbearia relatou que sua mãe mora na esquina e duas vezes teve que voltar para dentro de casa porque no momento da saída presenciou a execução dos crimes. “A primeira vez foi semana passada. Assim que ela saiu no portão, teve que entrar novamente porque viu os dois elementos assaltando quem estava na parada. A outra vez que ela se livrou foi hoje. Na hora que caminhava para a parada, os caras passaram. Estamos todos assustados”, enfatizou.

A reportagem conversou com um servidor público que disse não saber mais como lidar com os assaltados na parada. “Nós não temos policiais nas ruas, então não há a quem recorrer. Os bandidos fazem arrastão, primeiro começam na parada que fica lá no Alvorada [bairro vizinho] e seguem roubando todo mundo. O pior é que ninguém toma providências. Já registramos as ocorrências, mas não adianta. Acreditamos que os autores dos assaltos são os mesmos. Enquanto não forem presos vão continuar roubando todo mundo”, ressaltou.

Como nenhuma Delegacia da Capital está aberta, as vítimas não procuraram a Polícia para relatar os fatos. Alguns retornaram para casa, enquanto outros aguardaram a chegada do ônibus para realizar suas atividades diárias. (J.B)