Defesa de capitão diz que irá pedir nova perícia em áudio

Diego Rodrigues afirmou ainda que confia na inocência do seu cliente

Diego Rodrigues assumiu a defesa de Helton na última quarta-feira, 10 (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Diego Rodrigues assumiu a defesa de Helton na última quarta-feira, 10 (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O advogado Diego Rodrigues, que assumiu esta semana a defesa do capitão da Polícia Militar Helton Jhon Silva de Souza, 58 anos, disse em entrevista à FolhaBV, que irá pedir que uma nova perícia seja feita no áudio gravado durante o momento do assassinato do casal de agricultores  Jânio Bonfim de Souza, de 57 anos, e Flavia Guilarducci, 50, no dia 23 de abril, no município do Cantá.

O áudio que possivelmente foi gravado por Flávia, revela uma conversa de aproximadamente 6 minutos, que termina com o momento em que um dos homens anuncia que está armado e atira diversas vezes contra o casal.

Em depoimento, no dia 27 de junho, o capitão diz que apenas uma parte do áudio foi divulgada e que a conversa que culminou com o homicídio, teve duração de quase 20 minutos. E que a voz que anuncia estar armado seria do empresário Caio Porto, que segundo ele, foi quem efetuou os disparos.

Em entrevista à FolhaBV nesta sexta-feira, 12, o advogado disse que irá pedir nova perícia no áudio, tendo em vista que o laudo feito pela perícia da Polícia Civil aponta que a voz seria de Helton. “Está claro para todos, inclusive para a Polícia de que quem disparou contra o casal foi o Caio. E essa nova perícia será necessária para que tudo fique esclarecido”, pontuou.

Diego Rodrigues afirmou ainda que confia na inocência do seu cliente. “Helton não sabia que o assassinato iria acontecer, ele foi ao local apenas para dar um apoio ao Caio durante a conversa, e foi surpreendido com os disparos. O que ele pode responder é por omissão de socorro”, disse o advogado.

Sobre o fato do capitão não ter dado voz de prisão a Caio, o advogado disse que seu cliente estava desarmado e temeu por sua vida, tendo em vista que o empresário estaria transtornado. “Como você vai dar voz de prisão a alguém que está transtornado e com uma arma na mão, enquanto você está desarmado. Ele temeu pela própria vida”, alegou.