OUTRO LADO

Defesa diz que suspeitos de matar casal estão sofrendo linchamento moral

Jânio e Flávia foram assassinados no dia 23 de abril, na Vicinal do Surrão, município do Cantá

Pedro Coelho é advogado de defesa de Caio Medeiros
Pedro Coelho é advogado de defesa de Caio Medeiros

O advogado Pedro Coelho, que atua na defesa de Caio de Medeiros Porto, um dos suspeitos de participação na morte de  Jânio Bonfim de Souza, de 57 anos, e Flavia Guilarducci, 50, emitiu nota onde diz que os supostos envolvidos estariam sofrendo uma tentativa de linchamento moral e condenação antecipada. (Confira a nota na íntegra ao final da reportagem)

Pedro Coelho também criticou o vazamento de dados do inquérito, como o áudio gravado por uma das vítimas que revela o momento dos assassinatos. Segundo ele, esse vazamento deve ser devidamente apurado.

O advogado também diz na nota, que espera que sejam investigados os robustos indícios de uso de supostos agricultores como laranjas de grandes esquemas de grilagem de terras no Estado.

Jânio e Flávia foram assassinados no dia 23 de abril, na propriedade do casal, localizada na Vicinal do Surrão, município do Cantá. Dois suspeitos estão presos e outros três são apontados como participantes do crime, entre eles, o capitão da Polícia Militar, Helton Jhon da Silva de Souza, 48, que atuava como segurança do governador no dia do crime.

Neste domingo, 5, a presidente do Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima), Dilma Costa, afirmou que o processo de regularização da Fazenda 3A, que teria motivado o assassinato do casal, seguiu todo o rito legal.

Confira a nota da defesa na íntegra:

Nos últimos dias estão sendo divulgadas massivamente informações sobre supostos envolvidos na morte de duas pessoas em Canta.

Trata-se de uma tentativa de linchamento moral e condenação antecipada de alguns investigados, antes mesmo da conclusão das investigações conduzidas pelas autoridades competentes.

O vazamento de dados de inquérito protegido por sigilo é uma ilegalidade e deve ser devidamente apurado.

Esperamos também que sejam investigados os robustos indícios de uso de supostos agricultores como laranjas de grandes esquemas de grilagem de terras no Estado.

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