Uma mulher de 55 anos procurou a Central de Flagrantes da Polícia Civil na madrugada de terça-feira, 5, para denunciar que seu marido, de 45, que agrediu a ela, o filho adotivo do casal e o neto, um adolescente de 15 anos. Ela contou detalhes sobre as agressões e disse que sofre nas mãos do homem há aproximadamente 10 anos.
A vítima disse que vive com o agressor há 24 anos e que os dois não têm filhos biológicos, apenas um adotivo, e que moram no bairro Santa Tereza. Segundo ela, às 18h de segunda-feira, 04, o marido saiu para beber e quando retornou, às 21h30, em completo estado de embriaguez, demonstrava nervosismo.
Durante a madrugada, às 2h30, a vítima disse que o marido se aproximou e sem motivo algum deu um tapa em seu rosto e chutou a mão que ela usa para se apoiar na muleta. A mulher relatou que sente medo dele porque todas as vezes que bebe agride quem mora na casa. Naquela ocasião, ele estava “embriagado, descontrolado e enfurecido”.
Temendo por sua vida, a vítima disse que depois das agressões entrou em seu carro e foi até a casa do filho, de 38 anos, mas quando retornou para sua residência, foi impedida de entrar porque o agressor deixou uma caminhonete em frente ao portão como obstáculo para que ninguém entrasse. A mulher decidiu tirar fotos para mostrar a situação a que estava sendo submetida, quando o homem tomou seu celular e arremessou no chão.
Em seguida, o homem usou a camisa para bater no rosto da mulher. O neto do casal, de 15 anos, abriu a porta do quarto para saber o que estava acontecendo e foi perseguido pelo agressor, que segundo a vítima estava descontrolado. O filho adotivo do casal foi quem conseguiu conter o ímpeto do suspeito. Não satisfeito, o homem teria se armado com uma faca e partiu para cima das vítimas que se refugiaram dentro do carro da mulher. Os vidros foram fechados e as portas travadas. O indivíduo teria usado a faca para destruir um dos faróis e arranhar a pintura do automóvel.
Todos fugiram da casa e foram até a delegacia. A vítima foi encaminhada para fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), além do pedido de medida protetiva ter sido enviado para o Poder Judiciário tomar as providências. (J.B)