Delegacia Geral articula a criação de setor especializado para atender pessoas LGBT+ vítimas de violência

Na reunião, estavam presentes os representantes do Grupo Diverrsidade e da Associação de Travestis, Transexuais e Transgênero de Roraima (ATERR), junto com a Delegada Geral Darlinda Gomes e o Delegado Adjunto Franco Ghiggi

Reunião foi realizada para ouvir os representantes da comunidade LGBT+ sobre a necessidade de uma delegacia especializada (Foto: Arquivo Pessoal)
Reunião foi realizada para ouvir os representantes da comunidade LGBT+ sobre a necessidade de uma delegacia especializada (Foto: Arquivo Pessoal)

Em reunião com associações e representantes LGBT+ roraimenses, a Delegacia Geral da Polícia Civil (DG) articulou a criação de um setor especializado no atendimento de pessoas da comunidade que são vítimas de violência. Na reunião, estavam presentes os representantes do Grupo Diverrsidade e da Associação de Travestis, Transexuais e Transgênero de Roraima (ATERR), junto com a Delegada Geral Darlinda Gomes e o Delegado Adjunto Franco Ghiggi.

A falta de uma delegacia especializada para o atendimento voltado ao público LGBT+ foi a principal motivação para a articulação. O delegado Franco Ghiggi explica que o processo para a criação de uma delegacia é muito demorado, por isso a iniciativa de começar com um setor nas delegacias já existentes é a proposta inicial.

“Uma das principais dificuldades são os registros de pessoas da comunidade que sofrem violências. Os Boletins de Ocorrência são incompletos, por isso nós não conseguiríamos levantar dados o suficiente para a criação de uma delegacia. O que surgiu de ideia foi a proposta da criação de um setor responsável poder atender essas demandas, para nós vermos quais são as necessidades de atendimento”, explicou Franco.

Delegado Franco Ghiggi em entrevista à FolhaBV (Foto: Leandro de Sousa/FolhaBV)

A representante da ATERR, Rebecka Marinho relata que algumas preocupações da Associação são a distância, como ocorreria a capacitação dos agentes e a obrigatoriedade da identificação de gênero e sexualidade nos Bolentins de Ocorrência. Essas questões, se acatadas irão amenizar o processo de discriminação e gerar mais acolhimento às vítimas de violência que são LGBT+.

“Nós tivemos muitos questionamentos. É a terceira reunião que participamos sobre o assunto e a nossa expectativa é de que tudo seja feito o mais rápido possível”, explicou Rebecka.

O setor especializado ainda está em processo de construção e análise na Delegacia Geral da PCRR. Segundo Franco, o processo tem grandes chances de acontecer mas não será de imediato.

Leia a Folha Impressa de hoje