Delegada afirma que violência em RR é causada por crise no sistema prisional

O Feriado de Tiradentes foi um dos mais violentos já registrados nos últimos tempos. Foram contabilizadas oito mortes de sexta até domingo, sendo seis homicídios e quatro vítimas assassinadas com suspeita de envolvimento do crime organizado.

Delegados de Polícia Civil convocaram entrevista coletiva na manhã de hoje, 24, para falar sobre dois dos seis homicídios ocorridos durante o feriado.

No início do feriado na sexta-feira (21), o agente penitenciário Alvino Mesquita foi morto no bairro Senador Hélio Campos. Ele levou um tiro na cabeça e morreu na hora. O crime teria sido ordenado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital.

No sábado, banhistas encontraram o corpo de um homem identificado como Davi Sales, 24 anos, as margens do igarapé Caranã.Segundo testemunhas no local, ele estaria bebendo na companhia de outros três homens, quando eles começaram a se desentender e durante a briga que se seguiu, Davi levou uma facada do lado esquerdo do tórax.Os suspeitos levaram a motocicleta da vítima.

“Ainda não conseguimos prender todos os suspeitos dos dois homicídios ocorridos no fim de semana prolongado. A polícia fez o trabalho em campo após a ocorrência do do agente penitenciário, onde foi determinado que um grupo de resposta imediata começasse a investigação. A criação do grupo veio no momento salutar”, disse a delegada Edineia Santos Chagas.

Conforme ela, a violência em Roraima vem sendo ocasionada pela crise no sistema prisional. “As polícias estão dando conta, mas o problema é de sistema prisional. Nos esforçamos e prendemos alguns suspeitos, mas já está sendo informado que houve fuga de sete presos, sendo dois autores do assassinato do agente penitenciário”, esclareceu.