Um aluno de 18 anos teria sido agredido por policiais militares que trabalham no Colégio Estadual Militarizado José Aureliano da Costa, localizado no Cantá. A Secretaria de Educação e Desporto (Seed) informou que os envolvidos foram acionados, os fatos serão apurados e as medidas legais cabíveis serão adotadas.
Conforme denúncia enviada à FolhaBV, a suposta agressão ocorreu na tarde dessa quarta-feira (18), quando o estudante do 1° ano do Ensino Médio chegou atrasado na escola. O policial monitor teria questionado o jovem sobre o motivo do atraso e encaminhado ele ao setor Corpo de Alunos (CA), onde estavam outros monitores e o major à frente do CA.
“A partir daí, eles ficaram lá dentro trancados com o aluno. Ninguém viu o que aconteceu, só ouvimos os gritos de fora. Isso é abuso de autoridade, não pode ser aceito de forma alguma. É uma tremenda injustiça com ele”, disse o denunciante, que não quis ser identificado.
O aluno teria relatado aos colegas que os policiais teriam mandado ele tirar a camisa e os sapatos para que verificassem se havia drogas. Além disso, o aluno teria sofrido chutes e ameaças para não contar aos pais. Em seguida, teria sido ordenado a voltar para casa sem o conhecimento prévio dos responsáveis sobre o ocorrido.
“Os militares da escola sempre estão desrespeitando os alunos. Eles precisam de uma educação de qualidade, não agressões físicas e verbais”, acrescentou o denunciante.
O que diz a Seed
Procurada, a Secretaria de Educação e Desporto informou que os militares envolvidos na denúncia foram acionados para comparecer ao Comando Geral da Polícia Militar nesta quinta-feira, 19, e serão ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar para a devida apuração dos fatos.
Afirmou, ainda, que os pais do estudante estiveram na tarde dessa quarta-feira, 18, na Seed e foram recebidos pela Secretaria Adjunta dos Colégios Estaduais Militarizados, onde foram orientados a registrarem um Boletim de Ocorrência. O caso também será acompanhado pela Divisão de Desenvolvimento Psicossocial da Seed.
“A Seed ressalta que não compactua com quaisquer atos de agressão e violência, seja dentro do ambiente escolar ou fora dele, e que os fatos serão devidamente apurados, sendo adotadas todas as medidas legais cabíveis”, finalizou a nota.