Polícia

Descaminho de gasolina venezuelana é outro crime praticado na fronteira

O Exército Brasileiro e a Polícia Militar frearam o contrabando de gasolina da Venezuela. As operações surtem efeito e o resultado é positivo. De janeiro deste ano até o momento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aumentou o número de apreensões de combustível, se comparado ao mesmo período de 2013.
De janeiro até o final de julho deste ano, foram apreendidos mais 13 mil litros. No mesmo período do ano passado, a PRF apreendeu pouco mais de 12 mil litros. O aumento no número de apreensões se deve, em especial, ao trabalho feito pela Operação Sentinela, que fiscaliza as fronteiras.
A PRF afirmou que o trabalho de fiscalização continuará sendo feito nas rodovias federais, no combate a contrabandistas e outros criminosos. A instituição policial aproveitou para fazer um alerta. Segundo os policiais, os combustíveis da Venezuela não são adequados para os carros brasileiros, pois eles são puros e contêm chumbo acima do permitido no Brasil.
O descaminho de combustível é crime porque, para trazer o produto da Venezuela, o condutor precisa de autorização para a importação, o que não ocorre no caso dos “pampeiros” locais, donos de veículos Pampa que compram combustível no país vizinho para revendê-lo de forma clandestina em Roraima.
Carro, adulterado ou não, e combustíveis apreendidos são encaminhados à Receita Federal que, na maioria dos casos, leiloa ou doa os produtos. No caso dos criminosos, eles são conduzidos à Polícia Federal, onde são presos em flagrante mas são soltos para responderem em liberdade, já que o crime é afiançável.
Por último, a PRF faz outro alerta: o risco de um grave acidente é muito grande. Há vários casos de explosões de “carros-bombas”, principalmente na BR-174, no sentido de Boa Vista a Pacaraima, Norte de Roraima. Os “pampeiros” adulteram o tanque dos carros para transportarem uma grande quantidade de combustível, mas acabam correndo um iminente risco de explosão. (AJ)