Polícia

Detento é morto dentro da Penitenciária

Suspeitas é de que preso faria parte de uma facção criminosa, por isso foi possivelmente espancado até a morte

O detento da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), Miqueias Barbosa Pacheco, de 26 anos, foi morto dentro da unidade prisional na madrugada de ontem. Ele estava em prisão preventiva e respondia por crime de roubo. Informações extraoficiais relatam que Pacheco faria parte da facção do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que esse seria o motivo do assassinato.

De acordo com informações do Governo do Estado, o corpo teria sido deixado em frente à carceragem da Pamc. A direção da unidade prisional ainda acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe de socorristas observou várias lesões provocadas por agressão física no corpo do detento.

O Instituto de Medicina Legal (IML) informou que a causa provável da morte seria politraumatismo, devido à ação contundente, além de várias costelas quebradas no corpo da vítima. A direção da Pamc acionou o Serviço de Assistência Social para comunicar a morte de Pacheco à família. As circunstâncias da morte serão investigadas pela Delegacia-Geral de Homicídios (DGH). Até o fechamento desta matéria, ontem à noite, nenhum suspeito foi apontado.

A família de Pacheco esteve ainda pela manhã no IML para tentar a liberação do corpo, mas como não tinham dinheiro para pagar as despesas do enterro, permaneceram no local para tentar conseguir ajuda para realização do sepultamento. Ainda conforme familiares, foi tentado o serviço funerário que a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) fornecia para famílias sem condições de arcar com os custos de enterro, mas foi dito a eles que o serviço estava cancelado.

GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado para questionar a respeito do cancelamento do serviço funerário às famílias. “O Governo de Roraima esclarece que o Núcleo de Proteção Social Básica, da Setrabes, não foi procurado pelos familiares de Miqueias Barbosa Pacheco e que o programa que presta assistência funeral não foi cancelado. Informa ainda, que a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania ofereceu apoio para a realização do funeral e sepultamento, contudo, houve recusa por parte dos familiares”, frisou (T.C)