Polícia

Detento que cumpria pena no CPP é morto na saída da unidade prisional

Bandidos deram um tiro no peito da vítima, que conseguiu se levantar; Os criminosos voltaram e dispararam mais dez vezes

O detento do sistema prisional, Sebastião Simão da Silva Neto, vulgo “urso”, de 21 anos, foi morto nas primeiras horas da manhã de ontem, 28, assim que saiu do Centro de Progressão Penitenciário (CPP), onde cumpria pena em regime semiaberto. Depois de sair da unidade prisional, o presidiário caminhou por alguns metros, mas foi abordado por dois homens no cruzamento das ruas Mestre Albano e Manoel Vicente de Souza, no bairro Asa Branca, zona Oeste, e recebeu um tiro no peito e outro nas costas, em um provável acerto de contas.

De acordo com as informações da Polícia Militar, que atendeu à ocorrência, era por volta das 05h30, quando dois suspeitos em uma moto dispararam um tiro à queima roupa no peito da vítima. Os criminosos fugiram em direção à Avenida Ataíde Teive, mas assim que perceberam que o detento se levantou e correu em direção a uma vila, os bandidos voltaram e deram pelo menos mais 10 tiros e um deles acertou as costas da vítima, que morreu no local.

Sebastião tinha passagens pela polícia pelo crime de roubo, conforme o artigo 157 do Código Penal Brasileiro (CPB), e por isso estava detido numa das celas do CPP, depois de ter progressão penal. A Polícia não descarta a hipótese de uma execução, tendo em vista que o homicídio tem características de um acerto de contas. Quanto ao fato do preso pertencer a alguma facção criminosa, a Polícia afirma que há indícios de que ele fosse integrante de uma facção, mas as informações não foram confirmadas.

Logo após os disparos, populares acionaram a PM, que chegou ao local por volta das 06h com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que apesar de prestar os primeiros-socorros não evitou a morte do homem. Antes de morrer, “Urso” ainda chegou a conversar com um dos policiais e disse não ter envolvimento com droga e que não tinha dívidas com ninguém.

A vila onde o fato ocorreu é conhecida por conflitos envolvendo tráfico de drogas, segundo a Polícia, local em que supostamente funciona uma boca de fumo e que rotineiramente as guarnições são acionadas para irem ao endereço por conta do número de denúncias.

A perícia foi até o local para realizar os procedimentos técnicos, incluindo a coleta de provas e informações que serão anexadas ao inquérito policial. O rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML) chegou por volta das 07h para fazer a remoção do corpo.

Esta é a segunda morte de preso em uma semana. No último dia 22, o albergado Luiz César Villalva Acosta, de 42 anos, foi morto com dez tiros, no bairro Cambará, também na zona Oeste. Na ocasião, os disparos também foram efetuados por homens em uma moto. A polícia segue investigando os casos para chegar aos autores dos homicídios. (J.B)