O diretor do Hospital Geral de Roraima (HGR), Anderson Dalla Benetta, acusou o vereador de Boa Vista, Dr. Ilderson Pereira (PTB), de ofendê-lo e ameaçá-lo na manhã desta terça-feira (18), depois de autorizar colocar falta no parlamentar, que também é plantonista (ortopedista) na unidade.
O caso foi parar no 1º Distrito Policial, onde o diretor registrou um boletim de ocorrência contra o vereador. Benneta disse que Ilderson faltou a cinco plantões seguidos em dezembro, sem apresentar justificativa. O diretor reforçou que as ameaças teriam iniciado na noite de segunda-feira (17), por mensagem de celular, assim que o vereador soube da medida adotada pelo chefe do hospital.
“Não satisfeito, ele invadiu a sala que eu trabalho nesta manhã e diante de pessoas que presenciaram tudo e podem testemunhar ao meu favor, ele me agrediu verbalmente, além de ter direcionado ofensas morais e homofóbicas, me desrespeitando publicamente”, relatou.
O diretor registrou um boletim de ocorrência contra o parlamentar. “Ele me desacatou como servidor público, e como chefe da unidade, e me ameaçou também, isso não pode ficar assim. Por isso procurei uma delegacia para formalizar o caso”, explicou.
Procurado, o vereador se pronunciou por meio de nota.
Leia na íntegra:
As faltas dos plantões são totalmente justificáveis, mas não entendo o interesse do senhor Anderson Della Benetta em continuar perseguindo os servidores da saúde em sua desastrosa gestão.
Examinemos. Fui cedido para acompanhar como Consultor Técnico e Fiscal, 2 processos para a compra de materiais ortopédicos. Foram 4 plantões de 12 horas em que fiz esse trabalho de consultor via SEI – Sistema Eletrônico de Informações, da montagem dos processos a entrega dos materiais. Se durante esses dias fiz um trabalho essencial para a manutenção da qualidade na saúde pública estadual, qual é o motivo velado do senhor Anderson em não abonar as faltas? Eu estive trabalhando.
E hoje estou com COVID-19 e no momento afastado das minhas atividades como médico e vereador.
É perceptível que a versão do diretor, que consternado justifica minha cobrança pessoal como uma invasão a um ambiente público, é totalmente delirante. Ele tenta associar a minha imagem à de um médico que não tem compromisso com a população, mas eu fiz um juramento e o cumpro à risca todos os dias, inclusive em ações sociais nunca expostas na mídia.
A atual gestão é perseguidora e isso já foi exposto em diversos veículos de comunicação em outras ocasiões. Servidores da saúde sofrem assédios morais e estão sujeitos aos desequilíbrios constantes deste senhor.
Não vai ser qualquer diretor que caiu de paraquedas sem saber o que é saúde pública que vai sujar o meu nome. Confio que o Secretário de saúde faça uma pesquisa de satisfação no Hospital Geral de Roraima sobre a gestão do senhor Anderson, certamente a rejeição será altíssima.