“Deixar a moradia sem ocupação é um risco em Boa Vista”, disse uma dona de casa que mora na rua Peixe Boto, no bairro Santa Tereza, após ter a casa violada por ladrões três vezes este ano. Por volta das 15h desta quinta-feira, a mulher procurou o 4º Distrito Policial para relatar o fato reincidente. Segundo ela, em todas as ocasiões em que é furtada, precisa comprar novos móveis e eletrodomésticos para sua casa.
A vítima informou que, aproveitando o feriado do início desta semana, foi visitar sua mãe, que mora no Município de São Luiz do Anauá, região Sul do Estado, a aproximadamente 320 quilômetros de Boa Vista, quando aproveitaria para regularizar a situação escolar da filha.
“Quando eu cheguei, tinham entrado na minha casa. Arrombaram a porta da cozinha e levaram fogão, botija de gás, televisão e dois ventiladores. Infelizmente, não tenho nem como preparar o que comer. Conversei com os vizinhos, que convidaram a mim e a meus filhos para fazer as refeições na casa deles. Eu não tenho condições de viver comprando móveis. Será que isso nunca vai acabar?”, desabafou.
A mulher disse que teme pela vida de seus filhos durante uma ação dos bandidos. “Antes que levem as coisas de dentro de casa do que minha vida. Mas, de qualquer forma, é triste, porque pago aluguel caro e tenho uma filha que faz tratamento psiquiátrico, usa fralda e ainda tenho que comprar a medicação controlada para ela. Como é que eu fico nessa situação? Até para fazer comida para meu bebê tenho que contar com os vizinhos, por isso vim fazer ocorrência para conhecimento da polícia”, comentou.
Na primeira vez que o ladrão violou a propriedade dela, levou uma bicicleta que estava no quintal. Depois de alguns dias, retornou e subtraiu um nebulizador, roupas e quebrou as portas dos móveis. A mulher cobrou um policiamento ostensivo na área em que reside.
“Da porta da minha casa vejo muitos viciados e quero cobrar que os carros do Ronda no Bairro andem mais pela região do Santa Teresa, porque o consumo de drogas é grande, até mesmo de dia, e ninguém pode fazer nada”, ressaltou. (J.B)