Polícia

Dupla atira e mata jovem em via pública do Jardim Primavera

Os territórios dominados por facções criminosas são verdadeiras arenas de guerra. Nesses locais, o crime organizado disputa, principalmente, o tráfico de drogas. Numa ocorrência de homicídio, por volta das 20h30 de quinta-feira, 27, a vítima foi Isaías Magalhães Marinho, de 25 anos. Ele foi abordado e morto por uma dupla de motoqueiros na rua das Acácias, bairro Jardim Primavera, zona oeste de Boa Vista.

A Polícia Militar informou que foi acionada via Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) e, quando chegou ao endereço, não encontrou a vítima, que já tinha sido atendida e removida por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Resgate do Corpo de Bombeiros.

Moradores da mesma rua onde ocorreu o crime disseram que não viram nada, apenas ouviram os motoqueiros gritarem o nome da facção à qual a vítima, supostamente, pertencia e, em seguida, escutaram cinco tiros. Quando foram olhar, não tinha mais ninguém na rua, somente o jovem caído e sangrando. A moto, segundo as informações, era uma Honda/Biz.

A equipe policial foi até o pronto-socorro para colher informações e ao conversar com o médico plantonista, foi comunicada que Isaías já chegou morto ao hospital. O médico também confirmou que os tiros acertaram a vítima no tórax, abdômen e em um dos braços. O Relatório de Ocorrência Policial (ROP), da PM, foi entregue no 3o DP, enquanto a mãe da vítima também fazia o registro do Boletim de Ocorrência (B.O), na Central de Flagrantes do 5o DP, relatando que o filho caminhava pela rua quando foi atacado.

O caso foi encaminhado à Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) para ser investigado. Isaías estava desempregado. A mãe, evangélica, estava abalada e resolvendo a parte burocrática da documentação para liberar o corpo do filho no IML (Instituto de Medicina Legal), por isso a reportagem não conseguiu conversar com ela.

Ao fim da necropsia, na manhã de ontem, 28, o corpo foi liberado pela mãe, para que o funeral e o sepultamento fossem realizados. O crime aconteceu próximo ao Parque Aquático abandonado que fica no meio do bairro. As paredes das construções e dos muros do parque estão pichadas com inscrições relacionadas às facções. Até o momento, nenhum suspeito do homicídio. (J.B)