A psicóloga Janini Ágata, de 29 anos, ex-esposa do professor de química Severino Lopes de Almeida, conhecido como ‘Bill’, de 46 anos, disse em entrevista à FolhaBV que se sente aliviada, após ele se entregar à polícia e ser encaminhado à Cadeia Pública Masculina.
“É um sentimento de alívio e de Justiça saber que ele será responsabilizado pelas atitudes que teve contra mim. A Justiça está ai para garantir que ambas as partes sejam resguardadas”, disse.
Nas redes sociais, ela fez uma publicação descrevendo sobre a violência psicológica. Ela relata também as ameaças sofridas por ela e familiares. “A violência psicológica deixa tantas marcas quanto a física, não tem como comparar são dores únicas e que perpetuam na mente ou na pele de quem sofre”, diz trecho da postagem.
Ainda no texto, ela faz um alerta para que as mulheres que são vítimas de violência denunciem. “Que você mulher, não se cale. Eu sei que é difícil está diversas vezes na delegacia. Sei o que é ser silenciada, mas vá. O caminho é árduo. Eu vencerei e você também vencerá”, finaliza.
PRISÃO
Bill era considerado foragido da Justiça e se entregou na Delegacia Interestadual (Polinter) na última sexta-feira, 13. Após passar por audiência de custódia, ele foi encaminhado para a Cadeia Pública Masculina.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania,o acusado foi transferido na manhã desta segunda-feira, dia 16, da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo para Cadeia Pública Masculina em cumprimento ao prazo de 72h estipulado pela Justiça.
“O acusado permaneceu na PAMC devido recomendação para que todos os ingressos no sistema prisional cumpram o protocolo médico de covid-19, passando por toda triagem médica no posto de saúde da unidade prisional.”, acrescentou a nota.
DENÚNCIA
A denúncia ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher relata que, no último dia 26, Bill descumpriu medida protetiva após ir à casa da vítima, chutar o portão da residência por inúmeras vezes e ainda ameaçar de morte a ex e os familiares.
A vítima e cópias de conversa por aplicativo de mensagens relatam que, por várias vezes, o acusado tentou controlar as ações da denunciante, mediante constrangimento, humilhação, chantagem, ridicularização e limitação do direito de ir e vir, além de afirmar que, se o caso fosse para a Justiça, ele “acabaria com a vida dela”.