Polícia

Em 24 horas, cinco casos de violência contra a mulher são registrados no 5º DP

Cinco vítimas de violência doméstica chegaram à Central de Flagrantes do 5º Distrito Policial (DP) escoltadas pela Polícia Militar após agressões dos companheiros. Para a polícia, os casos não revelam a real incidência de violência doméstica, considerando que, em muitas situações, o homem é o principal provedor da família ou faz ameaças de morte, por esta razão, as vítimas preferem silenciar-se.

O primeiro registro aconteceu por volta das 19h de quinta-feira, quando uma guarnição da PM foi acionada para atender a uma ocorrência de lesão corporal no bairro Nova Cidade. A vítima relatou à polícia que, após retornar da casa de sua mãe, o companheiro lhe fez várias acusações e acertou muitos socos em seu rosto, o que lhe causou lesões no olho direito. Em seguida, pegou uma faca e fez ameaças de morte, dizendo que ela teria a perna esquerda decepada, caso saísse de casa novamente. Depois de ouvido, ele assinou o Termo de Liberação de Custódia e deixou as dependências da delegacia.

Em outro caso, policiais militares que faziam a ronda pelo conjunto habitacional Pérolas, no bairro Airton Rocha, zona Oeste, foram chamados para atender um caso de violência doméstica, por volta das 21h30 do mesmo dia, quando encontraram a vítima chorando e afirmando que tinha sido agredida na cabeça por seu companheiro. A vítima disse que queria fazer uma representação contra o infrator porque já foi agredida outras vezes pelo companheiro, que faz uso constante de bebida alcoólica e fica agressivo. Assim que foram ouvidos pela delegada de plantão, o autor das agressões assinou o Termo de Liberação e foi solto.

Na madrugada de sexta-feira, uma equipe da PM foi acionada para atender a uma ocorrência no bairro Cidade Satélite, zona Oeste. Lá encontraram duas mulheres em estado de choque. No começo, elas não quiseram falar sobre o episódio, mas uma delas informou que a situação já estava insustentável e que sentia a responsabilidade de contar o caso à polícia.

“O meu companheiro passou a noite bebendo e, quando chegou em casa, na madrugada, quis rasgar minha roupa e eu não deixei. Então ele pegou meu filho de 03 anos, que estava dormindo e é enteado dele, o arremessou a uma distância de dois metros. Não satisfeito, agrediu minha filha de 7 anos, que correu para a casa do vizinho”, narrou. O casal foi conduzido ao plantão da Central de Flagrantes para prestar depoimentos. Eles foram liberados pela delegada de plantão.

Por volta das 5h de sexta-feira, uma mulher que reside no bairro São Bento, zona Oeste, fez uma ligação para a polícia, afirmando ter sido vítima de violência doméstica. A guarnição constatou a veracidade da denúncia. A vítima havia sofrido ferimentos no olho esquerdo e, para tentar se defender do agressor, arremessou tijolos que acertaram a cabeça dele.

O homem se negou a obedecer à voz de prisão e foi imobilizado. No caminho para a delegacia, a PM constatou que o autor das agressões é militar de reserva do Exército, fazendo ameaças de morte aos policiais e alegando ser parente de um político.

Os infratores foram enquadrados no artigo 129 do Código Penal Brasileiro e vão responder pelo crime de lesão corporal e violência doméstica, por ofenderem a integridade corporal ou a saúde de outra pessoa. A pena para este tipo de crime varia de três meses a um ano de prisão. (J.B)