SEGURANÇA PÚBLICA

Em quatro anos, oito policiais militares foram expulsos da corporação

Atualmente, a Polícia Militar conta com o efetivo de 2.512 militares

 A Corregedoria realizou 383 atendimentos (Foto: Nilzete Franco/Folha de Boa Vista)
A Corregedoria realizou 383 atendimentos (Foto: Nilzete Franco/Folha de Boa Vista)

Nos últimos meses, foram registradas várias denúncias contra policiais militares. Entre os casos, estão: homicídio, violência doméstica e sexual.

Dois casos que chamaram a atenção foi do capitão, Helton John Silva de Souza, de 48 anos, que é apontado como um dos suspeitos de participação no assassinato do casal Jânio Bonfim de Souza, de 57 anos, e Flavia Guilarducci, 50, no dia 23 de abril, em Cantá.

O outro caso, foi do policial militar A. S. L., que foi preso suspeito de matar a adolescente Débora dos Santos Bezerra, de 17 anos, no município de Rorainópolis. Ambos os policiais foram presos no dia 10 de maio.

Segundo dados fornecidos pela Corregedoria da Polícia Militar de Roraima, de 2021 a maio de 2024, a Polícia Militar excluiu dos quadros oito policiais militares entre oficiais e praças. Nesse período foram instalados 14 inquéritos policiais militares, 31 sindicâncias, quatro conselhos de justificação (oficiais) e 11 conselhos de disciplina (praças).

Atualmente, a PMRR conta com o efetivo de 2.512 militares, sendo 412 oficiais e 2.100 praças.

Entre os policiais que foram expulsos, está o caso de M.B., de 32 anos, que perdeu o cargo após ser condenado a 16 anos e seis meses de prisão por ter matado a tiros Wellington Santos da Câmara, no dia 31 de maio de 2019, na residência da vítima, no bairro Santa Luzia.

A Corregedoria realizou 383 atendimentos, ocasionando na abertura de 95,75 procedimentos disciplinares investigativos por ano.

Todos os casos envolvendo policiais militares que chegam à Corregedoria são investigados. Todas as denúncias são registradas e um procedimento administrativo é instaurado para investigar casos com comprovação mínima e respaldo suficiente para embasar uma possível punição.

De acordo com o órgão, a Corregedoria da PMRR pauta ações na fiscalização da atuação dos membros, obedecendo aos rígidos princípios éticos, técnicos e legais da Constituição Federal Brasileira e no regimento da corporação. Além disso, zela para que a atividade policial respeite os direitos humanos inerentes a todo cidadão.

Para facilitar o acesso ao órgão, a Corregedoria está localizada fora do Quartel do Comando Geral da PM, garantindo que as pessoas possam apresentar denúncias sem se sentirem inibidas.

Por fim, é importante destacar que estamos aperfeiçoando nossos mecanismos de controle dentro da política de transparência e intransigência ao erro. Temos o compromisso de contribuir para a promoção de uma cultura institucional mais ética e transparente na atividade policial militar, finalizou.