A proprietária de uma distribuidora de cimentos de Boa Vista relatou que, há uma semana, golpistas usam o nome da empresa para vender cimentos e materiais de construção abaixo do preço de mercado. Segundo ela, após o pagamento, eles bloqueiam as vítimas, que precisam ir pessoalmente à loja para cobrar os produtos.
A empresária relatou que, somente na manhã de sexta-feira (6), ao menos cinco pessoas foram à distribuidora para reclamar da mesma situação. “Eu só quero evitar que mais pessoas caiam nos golpes”, relatou ela, que pediu anonimato.
Esta não é a primeira vez que a situação ocorre com empresas de distribuição de materiais de construção. Em 2023, duas reportagens, uma em março e outra em outubro, relataram golpes aplicados em nome das lojas com a promessa de preços aquém do mercado.
Entenda o caso
Um homem com as iniciais S. R. estaria utilizando o contato com o prédio da empresa como foto de perfil para vender cimentos e materiais de construção abaixo do preço. Após o pagamento da compra, o suspeito bloqueava os clientes, que iam até a loja para cobrar os produtos. Segundo a empresária, a situação começou na última semana, mas se intensificou desde segunda-feira (2).
Ela registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito e disse que não tem ligação nenhuma com a empresa. A Folha, inclusive, enviou mensagem para o número no WhatsApp, onde a foto do perfil ainda era da empresa de cimentos, para simular uma negociação e confirmar a existência do suposto estelionato.
A reportagem constatou que o acusado não negocia o produto por mensagem e prefere ligar. Na ligação, a Folha citou que ele teria sido denunciado à polícia e questionou se ele gostaria de se defender da acusação. Ele disse que o contato teria sido clonado e tratou a conversa de forma grosseira e intimidatória. Inclusive, após a ligação, o suspeito trocou a foto do perfil no aplicativo.
