O proprietário de uma choperia da zona Leste de Boa Vista relata ter perdido R$ 1.760 após um grupo de 12 jovens não pagar a conta. Os suspeitos consumiram bebidas caras, como uísques, para assistir a primeira final da Copa do Brasil entre Flamengo e Corinthians nessa quarta-feira (12). O único da mesa que ficou no estabelecimento mostrou um comprovante de PIX falso para alegar o pagamento, mas foi desmascarado, pois o nome do beneficiário estava com a grafia errada e o dinheiro não tinha caído na conta.
“Quando você vai fazer o PIX, aparece o nome completo do beneficiário e o CPF. Eles pegam as informações e colocam em um aplicativo de edição, simulam um comprovante de PIX com os dados que aparecem. Só que o cara é tão burro que ontem, colocou o meu nome com S, em vez de Z. Na hora que a menina do caixa mandou pra mim o comprovante, falei que poderia chamar a polícia”, relatou Jeziel Pereira.
O jovem foi contido por seguranças até a chegada da Polícia Militar, que o levou algemado para a delegacia. O empresário relatou ter identificado as outras pessoas suspeitas de participação no golpe e que estavam na mesa nessa quarta e, com isso, prometeu tomar as medidas cabíveis.
Ele relatou que facilitou a descoberta do golpe porque, no mesmo dia, avisou aos funcionários que as operações por PIX seriam feitas em seu CPF, em vez do CNPJ da empresa.
Segundo o empresário, o suspeito tentou burlar a cobrança do PIX por QR Code ao dizer que a forma de pagamento não estava funcionando, e, assim, pediu para pagar pela própria chave direta. E não foi a primeira vez que isso aconteceu, conforme Pereira, que diz contabilizar mais de R$ 6 mil se considerar os golpes anteriores do mesmo grupo. “A gente via isso, conferia na conta e nada desse dinheiro aparecer”.
“Geralmente eles procuram fazer isso em situações de movimento muito grande. Ontem tinha a final da Copa do Brasil. Se aproveitam do aperreio do caixa, que as vezes não tem muito tempo pra receber o PIX e abrir a conta pra ver se chegou, se aproveitam dessas situações”, disse ele, que vai orientar os funcionários ao evitar ao máximo o pagamento por PIX direto.
“Foi mais um aprendizado. A tecnologia avança, mas sempre tem um mal intencionado para poder burlar. Fiquei assustado porque esse aplicativo simula certinho até a logomarca do banco e você nem desconfia”, disse.