Estelionatário é preso por golpes de R$ 740 mil em vítimas vulneráveis; cúmplice segue foragida

Dupla atraía vítimas vulneráveis, como idosos, indígenas e pessoas com deficiência, oferecendo empréstimos consignados

 R.A.C., de 27 anos, foi preso nesta quinta-feira (17). (Foto: Divulgação/PCRR)
R.A.C., de 27 anos, foi preso nesta quinta-feira (17). (Foto: Divulgação/PCRR)

A Polícia Civil de Roraima (PCRR) prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (17), R.A.C., de 27 anos, acusado de aplicar golpes que somam aproximadamente R$ 740 mil em vítimas vulneráveis por meio de um esquema de estelionato que prometia empréstimo consignado. Sua cúmplice, Eryca Menezes Carneiro, 31, segue foragida.

R.A.C. foi localizado em casa e será encaminhado à audiência de custódia. É a segunda prisão do suspeito em dois meses: no início de agosto, ele foi preso por coagir um idoso a assinar uma procuração.

A corporação policial, que não divulgou o nome completo do suspeito, também cumpriu mandados de busca e apreensão contra a dupla. As buscas por Eryca, segundo a PCRR, seguem na capital e na zona rural de Bonfim.

“Divulgamos o nome e a imagem da foragida para contar com o apoio da população na sua localização. Qualquer denúncia pode ser feita pelo número (95) 98414-1629”, informou o delegado adjunto Eduardo Alves Patrício, da DDCON (Delegacia de Defesa do Consumidor).

Eryca Menezes Carneiro (Foto: Divulgação/PCRR)

Como funcionava o esquema

As investigações revelaram que a dupla atraía vítimas vulneráveis, como idosos, indígenas e pessoas com deficiência, oferecendo empréstimos consignados. Após o crédito cair nas contas das vítimas, eles pediam os valores emprestados com a promessa de devolução em dois ou três dias, acrescidos de uma comissão, o que nunca ocorria.

As vítimas, além de não receberem o dinheiro de volta, ainda ficavam com o compromisso de quitar as parcelas dos empréstimos. Até o momento, sete boletins de ocorrência foram registrados apenas na DDCON, mas o número total de queixas chega a 28, considerando outras delegacias.

Eduardo Alves Patrício destacou que algumas vítimas tentaram reaver os valores na Justiça, mas sem sucesso até agora. “O investigado, em seu interrogatório, alegou que não conseguiu honrar com os pagamentos porque ‘não tinha mais dinheiro’, afirmando que o montante foi usado, em grande parte, para a compra de um veículo”, destacou o delegado, que solicitou a prisão preventiva da dupla.