Polícia

Estelionatários que usavam nome do DNIT são presos

A prisão ocorreu nesta segunda-feira, 09, quando faziam uma negociação que poderia lhes render a quantia de R$ 78 mil.

Um comerciante de 67 anos e outro homem identificado como O.C. S, de 45, foram presos acusados de se apresentarem como funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para aplicarem golpes. A prisão ocorreu nesta segunda-feira, 09, quando faziam uma negociação que poderia lhes render a quantia de R$ 78 mil. Os homens foram presos em flagrante pela Seção de Investigação e Operação (Siop), do 1° Distrito Policial (DP).

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular do 1° DP, que presidiu as investigações, Clayton Ellwanger, o suspeito O. C. S., era quem se apresentava como funcionário do DNIT e, de forma criminosa, informava que vendia pneus que seriam sobras de compras realizadas pelo órgão público e o cúmplice dele passava-se por engenheiro para dar credibilidade ao golpe.

Os dois homens não são de Roraima e um deles confessou ter aplicado dois golpes, que lhe rendeu o valor de R$ 39 mil cada um e disse que quando estava na negociação do terceiro golpe teve seus planos “frustrados” com a chegada dos policiais.

A prisão ocorreu depois de uma investigação que teve início em abril deste ano, após o registro de Boletim de Ocorrência onde a vítima um proprietário de uma borracharia de  47 anos relatou ter sido lesado em um golpe estelionatário no valor de R$ 39 mil.

A vítima relatou que trabalha com a compra e venda de pneus novos e usados, além de realizar reparos em pneus de caminhão. No mês de abril um homem identificado como “Antônio” foi até sua borracharia, que fica no bairro Centenário e lhe ofereceu 30 pneus de caminhão pelo valor de R$ 1.300,00 cada um.

“Segundo a vítima, como ele não tinha o valor total para realizar a compra, marcou o dia para efetivar o pagamento. Foi acertado que o ponto de encontro seria na Praça do Centro Cívico, mas o suposto vendedor disse que estava sem carro e que seria necessária uma assinatura de um engenheiro para atestar a liberação dos pneus. Inclusive os golpistas usavam documentos com identificação do órgão público, para enganar o comprador”, enfatizou o delegado.

O delegado destacou ainda que o estelionatário identificado como “Antônio” disse à vítima que precisava pegar outra assinatura de um engenheiro que se encontrava em uma unidade hospitalar, mas não tinha como ir até o local. A vítima o pegou no local combinado e os dois seguiram até um hospital local. No caminho foi efetivado o pagamento combinado.

 “O suposto vendedor entrou na unidade Hospitalar para, supostamente pegar a assinatura do tal engenheiro, enquanto o comerciante aguardava do lado de fora. Depois de passar algum tempo ele resolveu ligar para o vendedor, que disse que já estava saindo. Passado mais alguns minutos, a vítima percebeu que tinha caído em um golpe”, contou o delegado.

Nesta segunda-feira, os policiais receberam informações de que o estelionatário faria mais uma vítima.  O acusado O. C. S., tentava negociar  mais pneus, com o comerciante C. C. S., de 36 anos.

Desta vez o estelionatário se apresentou como “Tonhão” e ofereceu ao proprietário da oficina mecânica, 60 pneus de caminhão, que custam em média o valor de R$ 2.500,00 no mercado por R$ 1.300,00 cada um, totalizando uma negociação de R$ 78.000,00.

O delegado informou que o estelionatário, com falsas promessas de que logo após o pagamento o comerciante poderia retirar os pneus em uma loja, “garantindo” a nota fiscal, no intuito de passar credibilidade à negociação, estava na eminência de aplicar mais um golpe.

“Nossos policiais realizavam as diligências e estavam monitorando a atuação dos dois estelionatários. A vítima e o comprador seguiram até um órgão público, onde encontrariam o suposto proprietário dos pneus. Entretanto, no momento em que se concretizaria o negócio, os agentes realizaram o flagrante. Foi neste momento que o dono da borracharia descobriu que estava sendo vítima de golpistas”, disse o delegado.

Conforme o delegado, durante os interrogatórios A. J. S., e O. C. S.,  confessaram estarem aplicando golpes com as falsas vendas de pneus. Inclusive o acusado O. C. S., usava um colete com faixas refletivas para aparentar ser realmente funcionário do DNIT. Eles usavam nomes falsos, mas foram reconhecidos pelos proprietários de duas borracharias.

Contra os dois homens, o delegado Clayton Ellwanger lavrou m APF (Auto de Prisão em Flagrante) pelo crime de estelionato. Os dois foram entregues na Custódia da Polícia Civil e serão apresentados à Audiência de Custódia nesta terça, 10.