Polícia

Ex-conselheiro tutelar de Rorainópolis é brutalmente assassinado no PR

O ex-conselheiro tutelar do município de Rorainópolis, Marival Soares Pontes, de 38 anos, foi morto a tiros e depois teve o corpo queimado na cidade de Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. As motivações do crime ainda não foram esclarecidas, mas suspeita-se que o caso tenha relação com crime passional.

Marival Pontes morava em Rorainópolis com os familiares, casou-se e foi embora para o Estado do Paraná, onde vivia desde janeiro de 2013. No Sul, a vítima trabalhava numa empresa especializada na fabricação de artefatos de papel e foi visto pela vizinhança, pela última vez, no sábado, 21.

Na noite do domingo, por volta das 20h, uma testemunha relatou que passava pelo bairro São Miguel e viu algo pegando fogo, mas nunca imaginou que seria um corpo humano. O local da desova fica às margens da barragem Passauna, considerado um local deserto, de pouco movimentação.

O corpo foi encontrado apenas na manhã dessa segunda-feira, 23, de bruços, com as mãos amarradas, e no primeiro momento não tinha sido identificado. Peritos criminais viraram o corpo e descobriram que havia perfurações de tiros. Uma das principais hipóteses é de que a vítima tenha sido morta em outro lugar e apenas desovada e queimada no local onde seu cadáver foi achado.

Quando chegaram, os peritos contaram que não havia mais calor e nem restos de materiais utilizados para fazer o fogo.

Após o recolhimento ao IML de Curitiba, as investigações foram iniciadas para ficar a cargo da Delegacia de Polícia Civil de Araucária. 

A reportagem da Folha conversou com a irmã de Marival Pontes. Mesmo muito abalada, ela revelou que viajaria para o Sul, a fim de trazer o corpo para ser velado e sepultado em Roraima. Ela ainda ressaltou o quanto era um homem querido e amado por familiares e amigos.

Quanto à suposta motivação do crime, a irmã também acredita na possibilidade de ser crime passional e conta que a família só ficou sabendo da morte na noite da terça-feira, 24, por volta das 20h30. 

“A moça que é responsável pelo apartamento onde ele mora estranhou pelo fato de não o ver. Ela não tinha contato de familiares e sabia que ele vivia sozinho, mas conseguiu contato com a ex-esposa dele, que hoje mora na Espanha, que por sua vez contatou minha irmã que mora em Manaus. Um colega de trabalho também havia aparecido na segunda-feira para saber se ele estava doente, se tinha acontecido alguma coisa, porque ele não faltava no trabalho.

Foi a partir desse momento que a moça percebeu que alguma coisa estava errada. Logo apareceu o corpo carbonizado e ela achou que, pelas informações da Polícia, as características eram muito parecidas com as dele. Aí ela se desesperou”, detalhou. (J.B)