Polícia

Ex-policial condenado por tráfico de drogas leva 12 tiros e morre na hora

A vítima era albergado e cumpria pena por tráfico de drogas; Família nega envolvimento dele com criminosos

Por volta das 06h30 da manhã de ontem, dia 22, o albergado Luiz César Villalva Acosta, de 42 anos, foi assassinado enquanto dirigia um caminhão baú pela rua José Aleixo, na altura do bairro Cambará, zona Oeste. Pelas características do crime, há fortes indícios de que a vítima tenha sido alvo de um acerto de contas. A família nega que o homem tenha tido qualquer envolvimento com criminosos e diz não saber a motivação do homicídio.

Testemunhas contam que dois homens em uma motocicleta modelo Yamaha/Lander atiraram diversas vezes contra o albergado, que estava no trânsito. Depois dos disparos, os elementos fugiram, tomando rumo ignorado. A ação aconteceu em alguns segundos. A Polícia Militar ainda fez diligências pelas proximidades, mas não conseguiu encontrar qualquer suspeito do homicídio.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local para prestar os primeiros-socorros à vítima, porém o homem já estava morto, restando apenas a constatação do óbito.

Depois de isolar a área para que não houvesse violação da cena do crime, a Perícia Criminal foi acionada para realizar os procedimentos técnicos no local e no cadáver, além de coletar material que será descrito no relatório que vai compor o inquérito dos fatos. Uma equipe do IML (Instituto de Medicina Legal) também foi ao local no rabecão para fazer a remoção do corpo.

O exame cadavérico foi realizado ainda pela manhã e, de acordo com o laudo médico, foram encontradas 12 marcas de tiro espalhadas pelo corpo. Familiares compareceram à sede do Instituto para fazer o reconhecimento e a liberação do corpo para funeral e sepultamento.

Apesar dos sinais de execução, há apenas suspeitas de acerto de contas e a Delegacia Geral de Homicídios (DGH) ainda investiga o caso. A Polícia Civil declarou que a morte de Luiz César foi encomendada. Ele era albergado e estava respondendo a um processo criminal por tráfico de drogas.

FAMÍLIA – À Folha, a filha da vítima informou que a morte do pai não foi um acerto de contas e que toda a divulgação do caso era equivocada, uma vez que ela também reforçou que a vítima não era “bandido”.

“Não sabemos o motivo. Ele é ex-policial e não devia a ninguém. Não fez mal a ninguém. Era o homem mais respeitado, honesto e de bem que já conheci. Só sabemos que foram bandidos sem coração que mataram meu pai. Deixou uma família. É ex-policial albergado. Aliás, ele foi preso apenas por ter dado morada para pessoas e não sabia de nada. Os bandidos foram presos e ele foi junto por ter dado morada, no caso, foi preso inocentemente. Era respeitado por todos, ajudava a todos à sua volta. Deve ter sido por inveja de alguém que não gostava dele. Tinha um coração grande”, contou.

A jovem também ressaltou que a família tem provas de que todas as informações veiculadas quanto ao pai são mentirosas. “Vamos provar. Só quero os envolvidos presos. Eu não minto. Odeio mentiras e estou sendo sincera em tudo. Perdi meu pai”, enfatizou. (J.B)