Polícia

Família de detento assassinado denuncia descaso

A mãe do detento assassinado a pancadas no presídio, que está desempregada, fez cota para conseguir o caixão

A desempregada Maria das Graças Barbosa, 51, mãe de Miqueias Barbosa Pacheco, assassinado hoje na Penitenciária Agrícola, denunciou o que considera ‘descaso‘ por parte do Governo de Roraima em relação a seu filho.

Segundo a denunciante, apesar dela ter uma situação financeira precária, não conseguiu nem ao menos um caixão para enterrar o filho.

“A assistente social tentou me ajudar mas não tivemos retorno do Governo de Roraima, mesmo meu filho sendo morto dentro da cadeia, onde deveria ser protegido”, contou.

Conforme a mãe de Pacheco foi tentado o serviço funerário que a Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes) para conseguir o enterro, mas foi dito que o serviço estava cancelado.

A família de Pacheco esteve no IML para tentar a liberação do corpo, mas como não tinham dinheiro para pagar as despesas do enterro permaneceram no local para tentar conseguir ajuda para realização do enterro.

“Fizemos cota e consegui um empréstimo para enterrar meu filho mas terei que pagar”, disse

FUNERÁRIA

Segundo o funcionário de uma das funerárias em Boa Vista que preferiu não se identificar com receio de represálias, o convênio do auxílio-funeral foi cortado por falta de pagamento.

“Enquanto as funerárias não receberem não vão liberar os caixões”, explicou. “O que sabemos é que todos os convênios estão suspensos por falta de pagamento”.

O OUTRO LADO

A Secretaria de Comunicação do Governo informou por meio de nota que:“O Núcleo de Proteção Social Básica da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social) não foi procurado pelos familiares de Miqueias Barbosa Pacheco e que o programa que presta assistência funeral não foi cancelado.

Informa ainda, que a Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania) ofereceu apoio para a realização do funeral e sepultamento do reeducando, contudo, houve recusa por parte dos familiares”.