O Conselho Indígena de Roraima (CIR) procurou a reportagem da Folha na manhã de ontem, 12, para informar que os familiares do jovem Everton Santos de Souza, de 23 anos, gostariam de contestar informações publicadas em matéria veiculada na última sexta-feira, 8. O corpo do rapaz foi encontrado no Anel Viário, sentido Norte, com duas marcas de tiro.
“Eu vi a matéria do dia 8, o que preocupou nossa família. Ele era jovem da nossa comunidade. Nossa família nunca esteve envolvida com o CSE [Centro Socioeducativo]. Eu peço que revoguem isso. Não tem nada de pagamento de pena. Somos trabalhadores, vivemos na comunidade e a gente vem no fim do mês para tirar seus recursos e retornar”, disse um familiar.
Além da notícia de que a vítima teria sido interna do CSE, os familiares também negaram que ele tivesse qualquer envolvimento com facção criminosa.
“Não concordamos porque nunca passamos por esse processo de sermos presos nem de facção. A gente concorda que se faça uma investigação, que sejam punidos os culpados do crime”, acrescentou.
O CASO – Ciclistas encontraram o corpo do jovem na manhã da última sexta-feira, 8, enquanto faziam um treinamento pelo Anel Viário. Ele estava com as mãos amarradas. A vítima era natural do município de Normandia, onde trabalhava como agente indígena de saneamento na Comunidade Brilho do Sol, no bairro Cotingo.
Familiares o reconheceram depois que fotografias foram divulgadas nas redes sociais. Peritos constataram que havia duas perfurações de tiro, sendo uma na cabeça e outra nas costas. O cadáver estava no primeiro quilômetro do acesso Norte do Anel Viário e suspeita-se que a vítima tenha sido morta no mesmo local onde foi encontrada.
A Folha informa que todo o conteúdo publicado pela Editoria de Polícia é baseado no relato das instituições da Segurança Pública de Roraima.