Polícia

Familiares denunciam negligência médica no HGR

Segundo eles, equipe só tomou providências após a décima parada cardíaca do paciente

Familiares do soldado do exército Antônio Wallyson Cuimar Barboza, 21 anos, denunciaram na manhã desta quinta-feira, 18, negligência por parte da equipe médica que atendeu o paciente no Hospital Geral de Roraima (HGR). O militar faleceu após ficar quatro dias internado na unidade.

À Folha, a esposa do soldado relatou que somente depois da décima parada cardíaca o interno foi levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Antes disso, ele ficou em um leito do trauma.

“O acidente aconteceu às 2h30, na entrada da Vila São Silvestre. Uma amiga que é técnica em enfermagem e prestou os primeiros socorros me ligou, porque até a ambulância chegasse iria demorar. Quem morreu primeiro foi o Bruno, que deu uma parada cardíaca na hora, outra no caminho e quando chegou no hospital deu mais uma e não resistiu”, declarou.

Para eles a morte foi causada por uma série de fatores, incluindo negligência médica e falta de cuidados com o paciente, além de afirmarem que todos os medicamentos e utensílios como cateter e gazes foram comprados pelos familiares, alegando que o HGR não dispõe do material básico.

O OUTRO LADO

Em nota encaminhada FolhaWeb, a Secretaria Estadual de Saúde informou que todos os procedimentos necessários foram realizados pela equipe médica do HGR, lamentando a perda do paciente e se colocando a disposição da familiares para quaisquer esclarecimentos.

Segundo a Secretaria, o paciente foi submetido a exames e avaliado pela equipe de neurocirurgia, a qual verificou que não havia indicação para procedimento cirúrgico.

A Sesau esclareceu ainda que os pacientes não são obrigados a comprar quaisquer materiais. O serviço dá a opção aos familiares para que estes, caso queiram, levem os materiais de higiene pessoal de sua preferência para uso exclusivo no paciente.  ​

Matéria completa você confere a Folha Impressa desta sexta-feira, 19. Com informações do repórter João Barros.