Polícia

Familiares insistem no desaparecimento de sete presos e cobram informações

Alegação é de que presos não fugiram e que estariam desaparecidos desde o final do mês passado

Na manhã desta quarta-feira, 10, familiares de sete presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista, considerados foragidos do sistema prisional do Estado, realizaram uma manifestação durante passeata iniciada na Avenida Glaycon de Paiva, no bairro Pricumã, próximo ao Instituto Federal de Roraima (IFRR). Os familiares afirmam que os parentes não fugiram e que estão desaparecidos. Dois dos detentos foram presos por suspeita de envolvimento na morte do agente penitenciário Alvino Mesquita, no mês passado.

A esposa de um dos supostos desaparecidos disse que se os presos tivessem fugido de fato da Pamc, já teriam entrado em contato com a família. “Se realmente fosse fuga, algum deles já teria feito contato com a gente, somos família”, lembrou. Segundo os familiares, a fuga dos sete detentos foi forjada, visto que buraco por onde teriam fugido era antigo. “Eles disseram que os detentos fizeram um buraco no muro para justificar a falta dos sete, mas aquele buraco já é antigo e todo mundo sabe da existência dele naquele local”, afirmou a esposa de outro detento que preferiu não se identificar.

Ainda no mês passado, após o suposto desaparecimento dos presos, os familiares registraram denúncia junto à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima e no Ministério Público do Estado de Roraima.

Os detentos que foram dados como foragidos pela Sejuc são: Fernando Ribeiro de Oliveira; Cleuto Braga de Oliveira; Moises Batista de Abreu; Lindomar Santos da Silva; Handerson da Silva Gomes; Alan Batista Barbosa e Renato Luan Fernandes Novaes Lima. Os dois últimos são suspeitos de matar o agente penitenciário.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania informou que “determinou a instauração e uma sindicância investigativa para apurar as circunstâncias que levaram a fuga dos internos e que o resultado será divulgado ao fim dos trabalhos”.

MP – O Ministério Público do Estado de Roraima informou também, em nota, que “requisitou no dia 26 do mês passado à Delegacia Geral da Polícia Civil providências urgentes sobre o caso”. O órgão ainda aguarda uma resposta da Delegacia Geral acerca das medidas adotadas para elucidação dos fatos. (T.C)