Famílias de desaparecidos são chamadas para contribuir com identificação de corpos no IML

A população deve procurar o Instituto, das 8h às 14h de segunda a sexta-feira, com registros odontológicos, genéticos e outros dados, além de boletim de ocorrência

(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Os familiares com entes desaparecidos estão sendo chamados a contribuir com a identificação de vítimas que não constam na base de dados da Polícia Civil de Roraima. A população deve procurar o Instituto de Medicina Legal (IML), localizado na Avenida Venezuela, 2083, bairro Liberdade, das 8h às 14h de segunda a sexta-feira, com registros odontológicos, genéticos e outros dados pertinentes que possam ajudar no processo de identificação.

A iniciativa é conduzida em parceria com o Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida (ICPDA) e tem como objetivo cruzar informações como registros odontológicos, papiloscopia e material genético para ampliar as chances de identificação. A mobilização ocorre após a identificação, por arcada dentária, na última segunda-feira (27), de uma vítima dos nove corpos encontrados em um cemitério clandestino na divisa dos bairros Pricumã e Cinturão Verde. Segundo a Polícia, os demais corpos não possuem registro em bancos de dados.

“Importante ressaltar é que há outros corpos no IML, alguns esqueletizados, que não têm qualquer informação registrada em nossos bancos de dados. Por isso, solicitamos que as famílias tragam informações de seus entes desaparecidos, como registros odontológicos (arcada dentária/tratamentos dentários), prontuários médicos e material genético, para que possamos cruzar esses dados e avançar nas identificações”, explicou Marcela Campelo, diretora do IML.

Para que o material genético seja analisado, é necessário que o desaparecimento tenha sido previamente registrado em um Boletim de Ocorrência (BO), que pode ser feito em qualquer delegacia. Na capital, os casos devem ser encaminhados ao Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (NIPD).

Todo o material coletado será enviado ao Laboratório de Genética Forense do ICPDA, onde passará por análise detalhada. “Nosso trabalho é garantir respostas às famílias que aguardam informações de seus entes queridos, reduzindo o sofrimento e trazendo esclarecimentos”, concluiu a diretora.