Durante coletiva, a delegada-geral da Polícia Civil, Darlinda de Moura Viana, destacou a necessidade urgente de que familiares de pessoas desaparecidas procurem o Instituto de Medicina Legal (IML) para auxiliar na identificação dos corpos encontrados em um cemitério clandestino no bairro Pricumã. Segundo a delegada, o trabalho de identificação será realizado por meio de técnicas periciais, como impressões digitais e análise da arcada dentária.
“Precisamos que os possíveis familiares dessas vítimas se desloquem ao IML, com o maior número de informações e fotos possíveis. Isso é fundamental para que possamos realizar a identificação de forma mais rápida e precisa”
As autoridades informaram que os corpos de três mulheres e dois homens foram encontrados em diferentes estágios de decomposição, sendo que um dos corpos femininos já estava em esqueletização, e um dos homens apresentava partes íntimas amputadas. Indícios iniciais apontam que as mortes podem ter ocorrido por golpes de faca, mas essa informação ainda está sendo analisada por meio de exames periciais.
“Estamos mobilizando todas as nossas equipes especializadas para atuar com agilidade e precisão. Trabalhamos em total integração com outras forças de segurança, utilizando recursos como o apoio de cães farejadores e o equipamento georadar, fornecido pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAERR), que nos permite mapear o terreno com mais eficiência”, explicou a delegada.
Outro ponto abordado foi a relevância da participação da população no fornecimento de informações que possam auxiliar no cruzamento de dados de pessoas desaparecidas, especialmente imigrantes venezuelanos, com as características dos corpos encontrados.
“Vamos cruzar dados dos desaparecidos venezuelanos que possuímos com os possíveis corpos resgatados. Nossa meta é fazermos esse trabalho o mais rápido possível para dar um alento às famílias dos desaparecidos”, destacou a Delegada-Geral.
A Polícia Civil também fez um apelo para que ccuriosos evitem se aproximar da área onde os corpos foram encontrados, uma vez que a presença indevida pode comprometer o andamento das investigações.
“Solicitamos que a imprensa e os curiosos se afastem o máximo possível do local, pois isso já prejudicou imensamente a cena do crime. Precisamos preservar os vestígios para garantir um trabalho pericial eficiente”, orientou Darlinda.