O garimpeiro Jesimar Nascimento Castro, de 40 anos, foi assassinado a tiros em uma região de garimpo ilegal. Ele foi encontrado, segundo testemunhas, às margens do rio Uraricoera, no município de Amajari, local onde existem vários polos de exploração mineral irregular em Roraima. Parentes contestam informações iniciais apresentadas pela polícia e possíveis testemunhas.
A vítima foi achada na sexta-feira, 19, mas o corpo chegou a Boa Vista por volta das 2h da madrugada desse domingo, 21. O caso registrado na Central de Flagrantes do 5º Distrito Policial (5º DP) como “homicídio simples”, mas nenhum suspeito do crime foi preso ou identificado.
A testemunha que encontrou o corpo do garimpeiro contou à polícia que não sabe detalhes sobre o assassinato nem suspeita quem possa ter praticado o homicídio. O crime vai ser investigado pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH).
CONTESTAÇÃO – Familiares da vítima entraram em contato com a reportagem para desmentir a versão que consta do relatório da ocorrência encaminhado pela polícia à Central de Flagrantes do 5º Distrito Policial (5º DP).
À FolhaWeb, a irmã do garimpeiro informou que o corpo não foi encontrado no rio Uraricoera, como foi dito por uma testemunha à polícia. O autor do homicídio, segundo ela, é uma das pessoas que coordenam a exploração mineral ilegalmente na região, identificado apenas como “Brabo”.
A irmã da vítima relatou ainda que Brabo começou a descontar um percentual das extrações que estavam sendo realizadas por Jesimar. Ambos teriam entrado em divergência e a discussão culminou na morte do garimpeiro.
O corpo de Jesimar Nascimento foi liberado no fim da manhã de ontem para velório e sepultamento. E ao contrário do que foi inicialmente informado no relatório da polícia, os familiares mais próximos da vítima residem em Boa Vista.
Parentes contestam informações da polícia sobre morte e dizem ter um suspeito (Fotos: Arquivo/FolhaBV)