O garimpeiro Josué Ferreira de Souza, de 41 anos, foi morto com um tiro na cabeça, em uma estrada que dar acesso a um garimpo no município de Mucajaí, no último domingo, 17. Os familiares da vítima pedem ajuda das autoridades para resgatar o corpo.
De acordo com a esposa de Josué, Maria Antônia dos Santos, de 45 anos, ela foi avisada pelo dono do maquinário, onde ele trabalhava, da morte do marido, mas não sabe mais detalhes sobre o autor do disparo.
“Eu mandei mensagem para saber notícias, pois já fazia três dias que não conseguia falar com o Josué, foi quando o dono do maquinário me avisou da morte e mandou a foto dele morto”, disse.
Após saber da morte do marido, Maria compareceu a Delegacia de Polícia e registrou um Boletim de Ocorrência.
O corpo de Josué foi deixado no mesmo lugar em que foi morto e os criminosos teriam roubado os seus pertences. A suspeita é que ele tenha sido assassinado enquanto trabalhava, pois na foto enviada à esposa, a vítima está trajando uma camisa, calça e botina. Além disso, estava com um carote de combustível nas costas e um facão foi encontrado ao lado do corpo.
“Deixaram ele no mesmo lugar em que foi morto. Nem cavar um buraco para enterrá-lo fizeram, do jeito que ele ficou (vítima) apenas jogaram terra em cima do corpo. Até um cachorro quando morre é enterrado, eu gostaria que as autoridades me ajudassem a traze-lo para casa, pois o Josué tem família. Ele merece um enterro digno para uma pessoa digna”, explicou, Maria.
AUTORIDADES
Maria disse que foi até o Instituto Médico Legal (IML) pedir a remoção do corpo, mas foi informada que o órgão não faz esse tipo de remoção sem autorização do Ministério Público (MPRR). Ela pretende ir ao MPRR para solicitar a remoção.
Ainda de acordo com ela, só quem pode fazer a remoção são as autoridades, pois os pilotos particulares não querem fazer voos na região por conta da fiscalização da Polícia Federal.
A Polícia Civil de Roraima esclarece que, ao receber a informação nesta quinta-feira, 21, sobre o falecimento do garimpeiro Josué Ferreira de Souza, constatou a impossibilidade de realizar a operação de resgate do corpo devido à falta de logística adequada para incursão na região de Mucajaí.
Em razão da complexidade logística e priorizando a segurança dos envolvidos, está em andamento o processo de formalização do pedido de apoio logístico ao Exército Brasileiro para conduzir esta operação de resgate.