Polícia

Guianense é morto a paulada em chácara na zona rural do Cantá

Testemunha afirma que vaqueiro, que é da Guiana, foi morto por genro de uma mulher que foi ameaçada de morte

Um vaqueiro de nacionalidade Guianense, conhecido por “Antônio” ou vulgo “Doido”, de 37 anos, foi assassinado a paulada. O crime ocorreu na região de chácaras a 2,5 km da Vila Central, no Município do Cantá, Centro-Leste do Estado, por volta das 15h de domingo, mas o fato só foi comunicado na manhã de ontem às autoridades, cerca 18 horas depois do assassinato.
Quem confirmou a informação do homicídio foi a Polícia Militar do destacamento daquele município. Agentes da delegacia local também se deslocaram à região para dar início às investigações. Pelo menos três pessoas já prestaram depoimento. O genro da vítima é apontado como o autor do crime.
A Folha esteve no local e conversou com o proprietário da chácara Família Barreto, onde aconteceu o crime. Segundo o agricultor Edgar Barreto do Nascimento, 49, Antônio não tem familiares na região e trabalhava em uma fazenda nas imediações. Há mais de dez anos ele morava no Brasil.
“Pouco antes, ele passou por mim e disse que iria lá para casa beber. Quando voltei, ele já estava ali, caído e morto. Ainda assustado com tudo, descobri que ele havia discutido com minha irmã e a ameaçado de morte. Para defendê-la, o genro dela se armou com uma picareta e desferiu um golpe [com o cabo da picareta] no Antônio, infelizmente fatal”.
O acusado, identificado como Edilson Queiroz Eduardo, ou “Dinho”, como é mais conhecido, fugiu do local e até a conclusão desta matéria não havia se apresentado à polícia. Questionado sobre a demora em comunicar o fato às autoridades, Edgar explicou que a distância, falta de transporte e de comunicação implicaram nesse detalhe.
Após a realização da perícia, o corpo foi liberado e trazido à Capital por uma das equipes do Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetido a exame de necropsia. Caso apareçam familiares ou amigos, o corpo será liberado para sepultamento. Caso contrário, enterrado como indigente.