Polícia

Homem é acusado de matar idosa a socos

Vítima tinha 73 anos de idade era ex-sogra do acusado, que já vinha ameaçando a ex-mulher havia cinco meses

Francisco Edivanilson Carvalho da Silva, de 40 anos, foi preso na tarde da segunda-feira, 17, acusado de ter matado a ex-sogra, Francisca Conceição Alves Nunis, de 73 anos, a socos. Conforme a delegada Mirian Di Manso, titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), sua equipe foi acionada por volta das 11h para verificar a denuncia de, a princípio, violência doméstica. Chegando à casa da vítima, na rua Estrela Celeste, do bairro Raiar do Sol, zona Oeste, verificaram que se tratava de um feminicídio, quando há violência doméstica seguida de morte.

“De acordo com a filha da vítima, a mãe temia pela vida dela, pois estava sendo ameaçada havia pelo menos cinco meses. Ela destacou que se sente meio culpada pela morte da mãe, pois há dez anos sofria violência doméstica praticada pelo ex-marido e nunca o denunciou à polícia, pois o considerava extremamente violento e temia sofrer represália caso ele viesse saber da denuncia”, disse.

Conforme Di Manso, o crime, que ocorreu por volta das 10h15 de segunda-feira, pode ter sido premeditado por Francisco da Silva. “Ele ameaçou a ex-esposa, mas disse que com ela não aconteceria nada. O acusado esperou os filhos irem para escola com a ex-mulher, como de costume. Ele inventou uma conta e pediu para a outra filha da vítima, que ficava durante a manhã em casa, sair para pagá-la. Foi nesse momento que ele se aproveitou e cometeu o assassinato da senhora”, narrou a delegada.

Para a polícia o acusado negou o homicídio e disse que tudo aconteceu acidentalmente após ter uma discussão com a idosa. Disse que a empurrou contra a grade da área da casa, quando ela caiu e bateu com a cabeça no chão. Mas peritos da Polícia Civil, que já haviam descartado a possibilidade de arrombamento e furto por falta de indícios que levasse a esse tipo de crime, constataram respingos de sangue na residência, na perna esquerda da calça jeans que o acusado vestia no momento do assassinato e em seu veículo. Concluíram que ele socou a cabeça de Francisca Nunis contra o chão por diversas vezes.

Além das provas retiradas do local do crime pela perícia, a delegada disse que o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou fratura de alguns ossos na área de trás do crânio, o que evidência a versão dos peritos. “Também houve relatos de duas testemunhas que afirmaram que viram Francisco da Silva sair de modo muito nervoso da residência da vítima e apressado, aparentando ter feito algo de errado”, destacou Di Manso. A titular da DGH disse que foi informada pela ex-mulher do acusado que seus filhos também sofriam agressões constantes por ele.

Francisco foi levado para a sede da DHG por volta das 15h ainda de segunda-feira, onde foi atuado em flagrante delito pelo crime de feminicídio. Logo depois de passar por procedimentos de praxe, foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito e levado para a cela do 5º Distrito de Polícia (5º DP), onde aguardou passar por audiência de custódia, já que não possuía antecedentes criminais. (T.C)