Um homem de 28 anos foi denunciado pelo crime de lesão corporal qualificado praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher e agravado por motivo torpe. A medida foi tomada após a companheira ter se jogado de um veículo em movimento com o filho de dois anos de idade para evitar as agressões.
A denúncia foi ajuizada pela Promotoria de Justiça na Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Ministério Público Estadual (MPRR). Segundo a denúncia as agressões físicas começaram no interior do carro quando o casal retornava para casa no domingo, 09 de agosto.
“Enquanto seguiam no veículo, o denunciado deu socos no rosto da companheira que causaram lesões no olho esquerdo, nariz e boca. Devido à queda, a mulher sofreu escoriações na perna e em várias partes do corpo”, informou o MPRR.
Pessoas que presenciaram a cena seguiram o veículo do agressor que foi contido por populares e depois preso em flagrante. Atualmente, ele está detido ao sistema prisional.
De acordo com a Promotora de Justiça, Lucimara Campaner, o casal tinha uma convivência conjugal havia cerca de quatro anos e a vítima e filho estavam inseridos em ciclo de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade.
“A vítima declarou que já foi agredida anteriormente, porém nunca denunciou o caso. Também relatou que o companheiro fica mais agressivo quando consome bebida alcoólica, fato esse que tem potencializado os atritos no âmbito doméstico, o que torna o caso mais grave e aumenta os riscos de ocorrência de novos conflitos”, apontou.
A Promotora acrescenta que episódios como esse mostram as graves consequências de violência doméstica contra mulheres, uma vez que atingem também os filhos pequenos.
“A mulher para tentar se livrar de situações opressivas acaba por se colocar em risco como única alternativa para interromper com as agressões, portanto, o enfrentamento a essa nefasta forma de violência e de violação de direitos humanos também precisa ser contínua e a rede de atenção deve estar sempre de portas abertas para o acolhimento das mulheres e filhos menores em vulnerabilidade”, destacou.