Polícia

Homem é encontrado morto aos pés de uma torre de alta tensão

Testemunhas informaram que viram, na madrugada de sábado, durante a chuva, dois homens, com sinais de embriaguez, em direção à estrada onde fica a torre

O corpo de um homem, ainda não identificado, foi localizado na manhã deste domingo, dia 23, jogado aos pés de uma torre de alta tensão, localizada no bairro Cidade Satélite, na estrada que dá acesso ao bairro Jardim Caranã. Era por volta das 7h40 quando uma mulher, que não teve nome informado pela PM (Polícia Militar), passava pelo local para ir ao trabalho e deparou-se com o cadáver. O laudo preliminar comprovou causa morte por eletroplessão.
Assim que a PM foi acionada e confirmou a informação, as equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do IML (Instituto Médico Legal) também foram acionadas por volta das 8 horas, porém, a primeira demorou 1h40 minutos para chegar e a outra, mais de duas horas. De acordo com o que a Folha apurou, na cidade não havia outras ocorrências da mesma natureza.
Enquanto isso, a guarnição da viatura 2.3 da Ronda no Bairro, responsável pela ocorrência aguardava debaixo de chuva fraca, para que a cena do crime não fosse violada, já que tão logo a notícia se espalhou nas imediações, dezenas de curiosos se aglomeraram tentando descobrir a identidade da vítima e o que havia acontecido com ela.
No corpo do homem – aparentando ter de 25 a 30 anos, moreno claro, vestindo bermuda e camisa, de bruços, com os punhos cerrados – foram encontradas marcas características de queimaduras nas pernas, braços, mãos e costas.
Inicialmente, como o exame cadavérico não havia sido feito, policiais explicaram que tais marcas poderiam ter sido provocadas pelo sol – caso ele tivesse morrido de causas naturais ou sido assassinado durante o dia de sábado e ficado exposto aos raios solares – ou, vítima de eletroplessão, ou popularmente, por descarga elétrica, o que mais tarde foi confirmado.
O que talvez reforce a hipótese de que a morte ocorreu durante a madrugada de domingo é a informação repassada por um homem que não se identificou. No local, ele garantiu ter visto a vítima por volta da meia-noite de sábado, dia 22, durante a forte chuva que caiu sobre a Capital, caminhando em direção àquela estrada, só que, na companhia de outro homem e que os dois estavam com visíveis sintomas de embriaguez.
Essa também é a primeira linha investigada pelos agentes da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), que também foram à cena do crime.
Assim que a perícia terminou os serviços, o corpo foi desvirado e encontradas mais marcas de queimadura, no rosto e dorso. A face e o peito estavam destruídos, talvez provocado pela possível queda de cabeça.
A camisa da vítima estava vestida de forma contrária e dentro de um dos bolsos da bermuda foi localizada a folha de uma árvore – não identificada – guardada pela metade.
Depois de liberado o local, o corpo foi removido ao IML, onde foi submetido a exame cadavérico. O laudo preliminar apontou como causa morte eletroplessão provocada por descarga elétrica. Foi constatado ainda traumatismo craniano. O definitivo deve sair em até 30 dias. Até a conclusão desta matéria, o homem ainda não havia sido identificado.
A equipe de Reportagem tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) para saber a respeito da demora no atendimento da ocorrência por parte do IML e Instituto de Criminalística, mas não obteve êxito. O corpo permanece aguardando para ser identificado no IML.