Por volta das 7h de sábado, 6, Adriano da Costa Noronha, conhecido como “André”, de 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça na fazenda onde trabalhava na vicinal 02, no Roxinho, município de Mucajaí. O autor do crime, de acordo com a polícia, é um colega de trabalho de origem venezuelana.
O dono da propriedade estava a caminho da fazenda quando viu o venezuelano pilotando uma motocicleta que não lhe pertencia, como se estivesse fugindo.
O patrão decidiu seguir o funcionário depois de achar sua atitude estranha. Quando o suspeito notou que estava sendo seguido, ele se desequilibrou e caiu da motocicleta, quebrando uma das pernas. Ao ser questionado sobre o que estava ocorrendo, Christian Edil Herrera, de 34 anos, disse que tinha feito uma “besteira”. Ele contou ter feito uma “brincadeira” tentando pregar um susto em Adriano, apontou para o colega uma espingarda calibre 28 e atirou “sem querer”, atingindo-o no rosto. O tiro entrou pelo nariz e atravessou a cabeça.
Após a confissão, Christian foi detido pelo patrão e por outro homem. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e prendeu o suspeito, que foi conduzido ao hospital do município e depois ao Hospital Geral de Roraima (HGR), onde foi ouvido pelo delegado Luciano Silvestre que, diante da materialidade do crime, das provas e do depoimento das testemunhas, lavrou o auto de prisão em flagrante (APF).
O venezuelano foi autuado por homicídio qualificado. De acordo com informações prestadas pelo delegado, na noite de sexta-feira, 5, a vítima e Christian Edil passaram a ingerir bebida alcoólica juntos, na fazenda onde trabalhavam, podendo ter ocorrido alguma desavença.
Devido à gravidade da fratura na perna do suspeito, ele precisou ser removido para Boa Vista, sendo encaminhado para o Pronto-Socorro Francisco Elesbão, onde permanece internado sob escolta policial, uma vez que necessitou passar por uma intervenção cirúrgica. A Polícia Militar entregou para o delgado a arma usada no crime e a munição deflagrada, além da motocicleta utilizada na tentativa de fuga do venezuelano.
Ele confessou ter atirado no rosto da vítima, alegando ter sido acidental, sem intenção de matar e que queria apenas fazer uma “brincadeira”. Após receber alta médica, o homem deve passar por audiência de custódia.
O corpo da vítima foi liberado na manhã de ontem, 7, tendo sido levado para Mucajaí, onde seriam feitos o funeral e sepultamento. (J.B)