Um crime antes atípico tornou-se comum e rotineiro em Boa Vista. Trata-se dos furtos de hidrômetro, os famosos contadores de água, que nos últimos meses virou preferência dos ladrões que usam parte de sua composição de cobre como moeda de troca por drogas. Nas primeiras horas da manhã dessa terça-feira, 22, um funcionário público de 41 anos, morador do bairro Pricumã, tomou um susto ao ligar o chuveiro e não sair água.
Curioso, foi averiguar o que poderia ter acontecido e descobriu que o hidrômetro de sua residência tinha sido furtado, possivelmente durante a madrugada. A vítima entrou em contato com a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) e foi orientada a registrar Boletim de Ocorrência (B.O) para que a empresa estadual tome as providências.
Outra vítima foi um contador de 42 anos, morador do bairro Cinturão Verde, que durante a madrugada da segunda-feira, 21, também ficou sem hidrômetro em sua residência e consequentemente sem água. Ele não tem suspeitos e nem há câmeras de segurança em seu imóvel que possam ter flagrado a ação criminosa.
ESCLARECIMENTOS – A Caer fez uma publicação nesse fim de semana para reforçar que faz a substituição do hidrômetro sem ônus nenhum para o cliente. Para isto, o usuário precisa comparecer na empresa, munido do Boletim de Ocorrência, para que seja feito o registro de atendimento e seja providenciada a substituição.
“É muito importante que o usuário registre o BO e faça a denúncia junto às autoridades, pois é a partir desse documento que a investigação começa e os responsáveis pelo crime podem ser identificados. Além disto, o Boletim de Ocorrência também resguarda a vítima do furto de qualquer responsabilidade sobre os danos”, explicou o diretor de Comercial e Interior, Cícero Batista.
O aparelho que mede o consumo de água nas residências e estabelecimentos comerciais tem sido alvo de ações criminosas, pois possui cobre em sua composição.
DADOS – No primeiro semestre de 2019, a Companhia registrou 398 casos de furtos de hidrômetros na Capital. Em 2018, foram furtados 290 equipamentos, prejuízo de pelo menos R$ 43 mil para a empresa. Só de janeiro a julho de 2019, a Caer já contabilizou um prejuízo de R$ 47.809,94. (J.B)