Um autônomo de 26 anos relatou que sofreu tentativa de homicídio, na noite de sábado, por um grupo de quatro homens que invadiram sua casa, no bairro Caranã, zona Oeste. Segundo ele, os invasores derrubaram o portão e foram tentando desferir golpes de facas nele e em seus dois amigos, com idades de 20 e 23 anos, que moram com ele.
“Um deles perfurou o braço do meu amigo. Foi quando escutei os gritos dele e peguei o facão que temos em casa. Consegui acertar com um golpe no braço do agressor, que quase foi decepado”, relatou. Segundo o autônomo, o alvo era ele porque havia ido cobrar um dos agressores, que é seu conhecido, um empréstimo de R$ 40,00. “Por causa de R$ 40, quase perdi a vida. Eu e meus amigos fomos atacados covardemente.
Tentamos nos defender como pudemos, não fomos mortos por sorte”, frisou.
Segundo ele, no grupo de invasores havia um policial civil, que seria conhecido como “Muriçoca” e estava com um revólver e efetuou disparos contra ele e os outros dois moradores, quando o comparsa foi atingido com o golpe de facão no braço. “Tive que tentar nos defender de algum modo. Escapamos da morte pelo telhado, quando nos escondemos no quarto para não sermos atingidos. Ainda peguei um tiro de raspão quando, ainda fora da casa, tentei tirar a arma da mão do policial”, destacou.
A área externa da casa ficou suja com o sangue do invasor golpeado com facão. “Eu quis denunciar aos meios de comunicação para que alguma providência a respeito do policial seja tomada, pois um servidor que era para nos proteger entra na minha casa para me atacar. Sei que denunciando somente nos órgãos competentes essa situação pode não dar em nada”, disse.
Os moradores foram até a Central de Flagrantes, do 5º Distrito de Polícia (5º DP), na noite de sábado. Os suspeitos da tentativa de homicídio fugiram do local logo após as vítimas escaparem pelo teto da casa. O jovem também foi ao Pronto Socorro Francisco Elesbão, onde recebeu atendimento médico para o ferimento que sofreu quando foi atingido de raspão pelo disparo da arma.
GOVERNO – A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom), por nota, informou que até ontem a Polícia Civil não teve conhecimento de nenhuma ocorrência envolvendo algum de seus agentes. “Quando são encontrados indícios de autoria envolvendo policial civil, o inquérito é remetido para a Corregedoria da Polícia Civil, que é responsável pela apuração dos fatos e, comprovando-se a autoria, a consequente responsabilização do autor”, destacou. (T.C)