Profissionais e acadêmicos do ramo farmacêutico participaram do último dia do I simpósio farmacêutico de Roraima, na última sexta-feira (18).
Um dos maiores nomes do segmento, José Antônio Batistuzzo – especialista em manipulação magistral (prática de manipulação de medicamentos sob receita médica) trouxe aos participantes os principais novos medicamentos desenvolvidos para vários males. Ele é autor do best seller Formulário Médico Farmacêutico.
Segundo ele, médicos, enfermeiros e a própria sociedade precisam entender que muitas doenças podem ser tratadas com acompanhamento de quem domina a prescrição médica de drogas capazes de diminuir efeitos ou mesmo aniquilar algumas doenças como o câncer.
Batistuzzo é membro da Academia Brasileira de Farmácia e defendeu 150 exemplos de formulações que são feitas com farmácia magistral.
A facilidade, segundo ele, é tão grande que é possível manipular medicamentos para diabéticos, doenças de pele e muitos outras por meio do princípio ativo da receita.
“A informação precisa chegar ao médico. Se esse profissional souber tudo que pode fazer com a manipulação, poderá usar muitos produtos. Hoje temos problemas de abastecimento com o SUS, não há estoques e até mesmo a distância atrapalha para conseguir os medicamentos. Com a fórmula, basta o médico prescrever a receita e a farmácia produz. Isso facilita pois é feito por meio da matéria-prima”, defendeu Batistuzzo.
Outra temática desenvolvida no simpósio foi a de homeopatia e fitoterapia. Segundo a professora doutora Margarete Akemikishi, ambas têm mais aceitabilidade e acolhida pela comunidade, pois nelas o paciente se sente mais acolhido.
A professora destacou a prescrição de como o farmacêutico pode atuar na área.
“É um mercado que é não novo, mas é pouco conhecido pela categoria farmacêutica. É promissor na rentabilidade, aguça conhecimento e traz a comunidade para perto, pois as práticas integrativas e complementares previstas na política nacional, prevê a junção da fitoterapia, homeopatia, medicina chinesa, antroposofia (pensamentos científico, artístico e espiritual) e termalismo para dentro da saúde, ou seja, eu completo o tratamento de saúde com algumas dessas práticas”, ressaltou a professora.
O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF/RR), Adônis Motta, confirmou que o evento é o primeiro de muitos outros. “É o início para alcançar mercados, reciclagem de pessoas e, principalmente, o resgate da política de valorização e fortalecimento profissional”, relatou.
A farmacêutica Márcia Isava disse está satisfeita, pois o simpósio trouxe profissionais de renome nacional e com vastos conhecimentos técnicos.
“É uma excelente oportunidade para verificar outros campos de atuação como a prescrição farmacêutica, ética e legislação. Precisamos de conhecimento continuado tanto para aumentar o entendimento, como também para auxiliar a população e usar os medicamentos”, disse.
A paraibana Katiane Précoma, acadêmica do 7º período de Farmácia, disse que tenta participar de toda capacitação promovida pelo CRF/RR, porque entende que muitas informações de fora mostram outros parâmetros do país.
“É uma abertura válida. Quando a gente se vê fora da sala de aula, vemos os medicamentos já utilizados que funcionam com pacientes para melhorar muitas doenças. É a soma da teoria com a prática. Algo complementar. Quanto mais informação, melhor, pois há muita legislação surgindo e é bom ficarmos a par de tudo”, detalhou.
No sábado (19) o simpósio encerrou com a aplicação de minicursos emagrecimento e gorduras localizadas; prescrição farmacêutica de nutracêuticos; e desafios na drogaria atual.