Polícia

Idosa vai à polícia denunciar que foi vítima de estelionato

Idosa procurou a polícia com os documentos que comprovam a negociação de boa-fé da casa

Uma aposentada de 73 anos denunciou que foi vítima de um golpe praticado por uma mulher durante a compra de uma casa no Conjunto Cidadão, bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste. Ela fez o registro de um Boletim de Ocorrência comunicando os fatos. A primeira dona do imóvel, que teve a assinatura falsificada, também fez o registro de ocorrência no 4o Distrito Policial.

“Eu moro em Itaituba, no Pará, e minha filha morava de aluguel em Manacapuru, no Amazonas, mas queria vir embora para Boa Vista. Então a gente veio e eu decidi comprar uma casa para ela. Eu tinha pouco dinheiro e pedi emprestado a juros de um amigo para inteirar o valor. Deixei minha filha dentro da casa e voltei para o Pará”, explicou.

A compra foi realizada no dia 19 de março do ano passado. “Retornei agora para resolver a situação, quando uma mulher chegou querendo botar minha filha para fora de casa. Entrou sem dar bom dia, dizendo que era dona. Minha filha afirmou que tinha comprado, apresentou os documentos e não adiantou de nada”, destacou.

Depois do episódio, a família descobriu que a casa havia sido vendida com uma documentação falsificada, sem o consentimento da verdadeira proprietária, que estava viajando e, ao retornar, pretendia fazer alguns reparos, inclusive construir um muro. “A irmã da proprietária forjou um documento com minha assinatura, como se eu tivesse vendido a casa para ela, quando, na verdade, fazem dois anos e meio que vendi, dando um golpe em mim, na idosa e na própria irmã. Ela abusou da confiança de uma senhora de idade”, relatou a primeira proprietária do imóvel.

Após informar o caso à polícia, as vítimas disseram que procurariam a proprietária e sua irmã para tentar solucionar o problema. “Ela nem colocou a casa à venda. Foi a estelionatária da irmã dela que planejou tudo isso. Agora quer a casa de volta porque não sabia de nada disso. Tenho certeza que ela não sabia”, ressaltou.

A casa custou R$ 26 mil e atual moradora declarou que vai propor que o mesmo valor seja ressarcido ou que o imóvel seja transferido para o nome dela. “É isso que eu quero, porque nunca aconteceu em minha vida uma pilantragem dessas”, frisou a idosa.

Um policial civil alerta que durante uma negociação, antes mesmo de efetivar a compra de propriedades, é necessário certificar-se da situação do imóvel. “Aconselho que vá ao cartório de imóveis da cidade para saber se o registro está de fato no nome do vendedor e, em seguida, saber se o terreno, a casa ou o estabelecimento não tem uma ação de contestação. Não confie em ninguém”, acrescentou. (J.B)