Um indígena e agricultor, de 49 anos, foi preso suspeito de abusar das três filhas com idades de 9, 12 e 16 anos de idade. A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira, 13, em uma residência no bairro Caranã.
A prisão foi efetuada por agentes da Polícia Civil, lotados na Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), com apoio do Departamento de Operações Especiais (Doper), inseridos na Operação Hórus.
De acordo com o diretor do Dopes, Mauricio Nentwig, que coordenou a ação, a prisão ocorreu após os agentes se deslocarem até à casa do suspeito, na comunidade do Banco, no município de Normandia, onde foram informados que o suspeito estaria na Capital. Após investigações, o indígena foi localizado em uma residência no bairro Caranã, sendo preso no local, colaborando com a ação policial.
Depois de tomar conhecimento do mandado, o suspeito foi levado à sede Polinter e, após trâmites formais, foi submetido a exame de integridade física no IML (Instituto de Médico Legal), sendo depois encaminhado para a Custódia da Policia Civil.
O CRIME – O caso foi descoberto em agosto de 2020, quando a esposa do acusado registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Normandia, alegando a suspeita de que o marido teria estuprado três das filhas do casal.
Na ocasião, a mulher disse à delegada que conduzia as investigações, Carol Fernandes da Silva, que começou a observar um comportamento estranho por parte do marido, pois ficava a ameaçando de morte, bem como suas filhas.
Após colher os depoimentos das meninas relatando com detalhes os abusos e as ameaças do pai, a delegada solicitou exames periciais que constataram a conjunção carnal e representou pela prisão do suspeito, esta concedida pela Justiça.
As investigações apontam que a violência sexual ocorria quando o homem levava as filhas para trabalhar com ele na roça. Devido ao perfil violento dele e as inúmeras ameaças de que mataria as filhas e a mãe delas, caso elas falassem alguma coisa, as meninas não tinham coragem de contar o que estava acontecendo para a mãe.
O diretor do DOPES alertou sobre a importância de reforçar os cuidados em relação a proteção de crianças e adolescentes.
“Geralmente crianças e adolescentes vítimas de violência sexual dão sinais, então é importante observar o comportamento deles e procurar o diálogo sempre de forma a orientá-los a buscar apoio, caso estejam sendo vítimas. A Denúncia pode ser feita em qualquer delegacia do Interior e na Capital”, disse.
A Polícia Civil reforça que, qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro de foragidos da justiça poderá noticiar através dos telefones 197 e celular (95) 98414-0249, diretamente com a POLINTER, sendo assegurado o anonimato da fonte.