Índios guianenses entregaram, neste final de semana, no posto da Polícia Federal (PF) do Bonfim, na fronteira do Brasil com a Guiana, Leste de Roraima, Eliomar Mota de Oliveira, vulgo “Rato Branco”, de 34 anos. Ele é acusado de matar, a facadas, Carlos Alberto Silveira Lima, de 50 anos, no dia 12 de abril passado. O crime ocorreu no apartamento da vítima, no bairro Liberdade, zona Oeste de Boa Vista.
Carlos Alberto levou várias facadas. O acusado ainda levou a motocicleta da vítima e abandonou-a no Centro. O delegado Paulo André Migliorin, da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), disse que após ser procurado pela polícia, “Rato Branco” foi para Guiana e escondeu-se em uma comunidade indígena. Mas, na semana passada, ele teria brigado com o filho do tuxaua, por isso os índios o amarraram e entregaram-no no posto da Polícia Federal, no Bonfim, município a 120 quilômetros da Capital pela BR-401.
“A Polícia Federal entrou em contato com a Dicap [Divisão de Inteligência e Captura] e confirmou que Eliomar estava foragido, pois nós já havíamos solicitado a prisão dele à Justiça. Aí, fomos buscá-lo. Em depoimento, ele disse que falaria somente em juízo, mas foi reconhecido por testemunhas. O caso é de latrocínio”, observou Migliorin.
Imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais e casas perto do local do crime também ajudaram a polícia a chegar ao autor do assassinato. Após matar Carlos Alberto, o acusado ainda roubou a moto da vítima. “Rato Branco” já tem passagem no sistema prisional por tráfico de drogas, lesão corporal grave, furto e assalto.
Ainda ontem, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi entregue na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), zona rural, onde ficará à disposição da Justiça. (AJ)