Polícia

Internautas são vítimas de golpistas

Ao entrar em contato com pessoas que anunciam venda de veículos na internet, golpistas acabam enganando os vendedores

As negociações relacionadas à compra e venda de veículos devem ser analisadas com atenção, diz a Polícia Civil, que nos últimos dias tem registrado casos de pessoas que foram enganadas na efetivação do pagamento. Em alguns relatos, cheques sem fundo foram usados para efetuar a transação, o que configura crime de estelionato. Dois casos foram registrados no 4º Distrito Policial.

Uma dona de casa, de 28 anos, publicou anúncio de venda de uma moto Honda/Biz 125, na internet, e algumas pessoas se interessaram pelo veículo, que foi vendido pela maior oferta. O comprador a procurou em sua casa para efetuar o pagamento e conseguiu convencer a proprietária de deixar a metade do valor com o argumento de que no mês seguinte entregaria a outra metade.

Antes de sair, o homem deixou seu endereço e o número do telefone para contato. Sem desconfiar, a vítima abriu o portão e adicionou o número do telefone do comprador em sua agenda telefônica, no entanto, não conseguiu realizar chamada, pois o número do telefone é inexistente. Ao procurar no endereço que foi deixado no dia da venda, o local se trata de um depósito de alimentos e os funcionários não conhecem nenhuma pessoa com as características e o nome apresentados.

Outra vítima foi um autônomo de 28 anos, morador do bairro Pintolândia, na zona Oeste. Ele procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência informando que possuía uma moto Yamaha/Fazer 250 cilindradas, cor branca, e que colocou o veículo à venda pela internet. O valor cobrado era de R$ 8.500,00.

Um indivíduo entrou em acordo para comprar a moto e encontrou-se com o vendedor na avenida Nazaré Filgueira. Assim que chegou ao local, a vítima recebeu um telefone de um homem que se dizia pai do comprador e que, a partir daquele momento, seria responsável pela negociação.

Depois de uma conversa por telefone, ficou acertado que o pagamento seria à vista, no valor de R$ 8.000,00, mas o vendedor solicitou que o valor fosse depositado no mesmo dia em sua conta bancária. Assim que foi ao banco para confirmar o depósito, ele disse à polícia que o valor integral estava na conta corrente, mas ele não sabia que foi realizado em cheque.

Após transferir toda a documentação da moto para o nome do comprador, retornou à agência bancária, na tarde desta quarta-feira, para fazer uma movimentação entre contas corrente e poupança, quando percebeu que não havia saldo no extrato da conta. Ele procurou um funcionário para esclarecer o fato e descobriu que o cheque era sem fundo.
(J.B)