Polícia

Irmã de Uirandê diz que mãe só dorme a base de remédios

Audiência de Guilherme de Paula, um dos acusados de envolvimento no assassinato, iniciou na manhã desta quarta-feira, dia 19

Amigos e familiares de Uirandê Costa de Mesquita e Joseane Gomes da Silva, vítimas de um cruel assassinato ocorrido em agosto de 2020, se concentraram em frente ao Fórum Criminal da Comarca de Boa Vista Ministro Evandro Lins e Silva, aguardando o julgamento de Guilherme de Paula, um dos acusados de envolvimento no crime. 

A audiência iniciou por volta das 8h30 da manhã desta quarta-feira, dia 19, com o prazo de 48 horas até o veredito. O Júri é composto por cinco mulheres e dois homens.


Naiara Mesquita durante fala a imprensa (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

A irmã de Uirandê, Naiara Mesquita, falou sobre as expectativas da família para a audiência. “Esperamos que ele pague pelo que ele fez, pela destruição que isso causou na nossa família. Tudo mudou, tivemos que fazer tratamento psiquiátrico, com remédios controlados, desenvolvemos depressão…”, compartilhou.

Naiara também falou sobre a saúde da mãe, que antes era cuidada por Uirandê e que agora também realiza tratamento medicamentoso. “Ele ter sido acusado de feminicídio atingiu muito minha mãe, que hoje não consegue dormir uma noite completa sem apoio de remédios”, destacou a irmã da vítima. 

Amanda Gabriela Sella é amiga próxima da família de Uirandê, e compartilhou em entrevista à Folha sobre a esperança da justiça ser feita. “A expectativa da família é de que a justiça seja feita, que supra um pouco a dor que todos nós passamos. Foi um momento muito difícil, ainda está sendo. A gente tá aqui aguardando isso, que realmente eles possam fazer a justiça dos homens, porque é uma situação muito delicada tudo isso que nós passamos”, afirmou.


Amanda Gabriela Sella em entrevista à Folha (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)