No começo da noite de terça-feira, 26, mais uma denúncia de estupro de vulnerável foi registrada pela Polícia Civil. Dessa vez, as vítimas foram duas irmãs, sendo uma de 11 e outra de 14 anos. Elas apontaram o padrasto, de 34 anos, como autor do crime e tiveram coragem de relatar o fato à mãe e depois à Polícia Militar, que atendeu a ocorrência.
Quando os policiais chegaram à vila residencial onde a família mora, no bairro Alvorada, encontraram a menina de 14 anos aos prantos, sentada no colo do namorado, de 19 anos.
A mãe contou que a vítima confidenciou os abusos de seu padrasto. Diante dos fatos, os policiais abordaram o suspeito que, questionado sobre o caso, disse que não tinha ideia do que se tratava, negando qualquer ato criminoso.
Uma oficial da PM compareceu ao endereço e, após orientações, decidiu conduzir todas as partes envolvidas para a delegacia. Enquanto o relatório da PM estava sendo confeccionado, a irmã caçula da vítima, de 11 anos, revelou para a equipe policial que por três vezes o padrasto tentou estuprá-la, mas conseguiu correr. Declarou que nunca teve coragem de contar para a mãe sobre as investidas do homem.
O jovem de 19 anos foi conduzido à delegacia por ser maior e namorar a garota de apenas 14 anos.
Durante os depoimentos, a adolescente relatou que em abril do ano passado o padrasto passou a mão em suas nádegas e que não houve penetração. Mesmo assim, contou o caso para uma amiga que mora no Estado do Maranhão. A vítima disse que na terça-feira resolveu contar tudo para uma tia, que revelou para a mãe da menina. A garota também explicou que há desentendimentos frequentes com o padrasto.
Quanto ao namorado, a vítima destacou que estão juntos há duas semanas, mas não tiveram relações sexuais e a mãe é ciente e concorda com a relação.
A irmã caçula também depôs e destacou que, tempos atrás, o padrasto passou a mão em suas partes íntimas e no corpo todo, mas não sabe precisar a data. Segundo ela, há cerca de quatro dias o homem tentou novamente passar a mão em seu corpo, mas conseguiu fugir. A criança não soube explicar porque escondeu o caso da mãe.
A mãe das meninas esclareceu durante o depoimento que ficou sabendo do caso porque sua irmã contou e que conversou com o marido e perguntou sobre o abuso, mas o homem confessou que “passou a mão” na menina, mas não houve penetração.
O suspeito foi ouvido e negou que aliciou ou abusou das meninas e que a razão da denúncia foi um conflito com a adolescente que arrumou um namorado e ele não concorda que o rapaz vá visitá-la. Também disse que a adolescente está rebelde e acredita que o namorado tenha sido o influenciador da denúncia.
O caso deve ser investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), a fim de que o homem seja responsabilizado pela conduta criminosa, se confirmado o crime. (J.B)