![Prédio do Ministério Público de Roraima (Foto: Arquivo/FolhaBV) Prédio do Ministério Público de Roraima (Foto: Arquivo/FolhaBV)](https://uploads.folhabv.com.br/2024/06/zMO6olaA-MPRR-1-jpg.webp)
A Polícia Civil de Roraima (PCRR) indiciou o indígena L. M. S., de 27 anos, por estupro de vulnerável e ameaça cometidos contra a prima adolescente, de 13 anos, na comunidade indígena do Jacamim, Município de Bonfim, região Norte do Estado.
O indiciamento significa que o caso foi encerrado no âmbito policial e que o suspeito foi denunciado ao Ministério Público e à Justiça, que vão analisar as acusações a partir de então.
Segundo o delegado de Bonfim, Hugo Cardias, os relatos da vítima colhidos durante as investigações apontam que os abusos ocorreram em abril de 2024, quando a mãe da vítima estava viajando para tratar de assuntos pessoais.
A menina e três irmãos, todos menores de idade, estavam em casa. Durante esse período, L. M. S. tentou agarrá-la e beijá-la sem consentimento em duas ocasiões distintas. Na primeira tentativa, conforme o delegado, o acusado entrou na casa da vítima, deitou-se na rede com ela e a beijou à força.
“A menina, que estava em recuperação de fraturas nos braços, tentou resistir, mas o agressor a segurou. O ato foi interrompido quando a vítima gritou, despertando um de seus irmãos, que fez com que o agressor fugisse. Uma semana depois ele tentou novamente, mas a vítima reagiu e conseguiu fugir. O homem a ameaçou, caso contasse para a família o que tinha ocorrido”, disse Cardias.
De acordo com o delegado, a menina, inicialmente intimidada, decidiu contar sobre os abusos à tia, que posteriormente informou a mãe da vítima. Durante as investigações, a mãe confirmou os relatos da filha e o suspeito, em seu interrogatório, confessou a prática delitiva, justificando seus atos como uma suposta paixão pela vítima.
O delegado Hugo Cardias ressaltou a importância do relato da vítima e a gravidade da situação destes crimes. “São crimes que comprometem a dignidade e a vida da vítima, eles devem ser investigados e punidos no rigor da lei”, disse.