Polícia

Jovem é morto a pedradas e facadas após discussão

A violência é injustificável, mas há casos em que a ação de criminosos ultrapassa a barreira do que podemos imaginar para uma cena de homicídio. Foi o que aconteceu na madrugada do último sábado, dia 1º de dezembro, quando o jovem Manoel Gomes da Silva, conhecido como “Rojak”, de 30 anos, foi brutalmente assassinado no bairro Pintolândia, zona oeste da Capital. O fato ocorreu por volta das 4h, segundo os familiares.

A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local por volta das 5h e encontrou Manoel no chão, totalmente ensanguentado e sem sinais vitais. A Perícia Criminal foi acionada, esteve no endereço e realizou os procedimentos técnicos antes do corpo ser removido pelo rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML). Uma equipe da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) também esteve no local para dar início às investigações.

A partir de informações coletadas pela Polícia, o carro Volkswagen/Saveiro, usado pela vítima, foi encontrado em posse de um adolescente, de 17 anos, também no bairro Pintolândia. O menor acabou sendo conduzido à Delegacia como suspeito do crime e tendo que dar explicações sobre os fatos. Ele ainda tentou fugir, mas foi detido. Além disso, a Polícia foi até a casa de um suposto envolvido no caso, mas ele não foi localizado.

A reportagem da Folha conversou com o pai da vítima. Muito sereno, apesar do sofrimento, ele contou que o filho foi morto aos poucos, com pedradas na cabeça. Segundo o homem, seu filho começou a beber na tarde da sexta-feira, dia 30, atravessou a noite e a madrugada, na companhia de algumas pessoas e, em determinado momento, teria discutido com os elementos que reagiram em conjunto para matá-lo.

O pai ainda contou que o homicídio ocorreu na mesma rua onde “Rojak” morava com a família e ele conseguiu andar bastante antes de os assassinos consumarem a execução do crime, quase no portão da casa da vítima. As suspeitas do pai são de que os elementos tenham perseguido e efetuado os golpes de pedra e de faca enquanto o rapaz caminhava em direção à sua residência.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida, mas a família descartou qualquer envolvimento de “Rojak” com facções criminosas. A vítima é ex-militar do Exército e serviu como soldado no município do Uiramutã. A morte pegou a família de surpresa e muito abalada, não teve condições sequer de cuidar detalhadamente das questões de liberação do corpo para realização de funeral e sepultamento.

Segundo a cópia do laudo do IML, a morte foi causada por traumatismo craniano e havia marcas de perfurações de faca, principalmente na região do tórax e abdômen. O laudo também destaca que o crime foi praticado por meio insidioso, ou seja, traiçoeiro e cruel.

As investigações do caso estão em curso, por isso a Polícia Civil não deu informações aprofundadas, mas confirmou a apreensão de um dos envolvidos e a recuperação do veículo que já está em posse da família da vítima. O que motivou a discussão que desencadeou o homicídio ainda não ficou claro. (J.B)