Polícia

Jovem venezuelana sofre assédio moral e sexual no trabalho

Uma venezuelana de 29 anos foi até o Plantão Central do 5º DP na tarde de quarta-feira, 6, para relatar que está sofrendo com as sucessivas investidas do seu superior em um supermercado que fica na Avenida dos Garimpeiros, bairro Alvorada.

A vítima revelou que trabalha há um ano no local e que seu chefe, um dos gerentes, passou a insistir em assediá-la moral e sexualmente, fazendo propostas para que mantenham relações sexuais e mostrando vídeos de conteúdo pornográfico, chegando a oferecer o valor de R$ 300 em troca de sexo o que, segundo ele, estaria muito acima do que a vítima merece receber, por ser de origem venezuelana. O suspeito ainda ressaltou que suas compatriotas recebem apenas R$ 80 pelos programas sexuais.

O homem também ameaçou demitir a vítima, caso ela não aceitasse as propostas. Como resistiu, a mulher disse que sofreu represálias, teve a carga horária de trabalho aumentada, foi rebaixada de função no supermercado, sofreu humilhações diante dos colegas de trabalho e teve que ouvir gritos do homem obrigando ela a “calar a boca”.

Para se manter no emprego, a mulher informou que suportou todas as ações praticadas pela chefia, porque tem um filho de dois anos para criar. Conforme a vítima, o indivíduo ainda chegou a ameaçá-la, caso contasse sobre o assédio para alguém, afirmando que ela não sabe do que ele é capaz.

A mulher contou que há dias é atormentada pela possibilidade do desemprego e se definiu como uma funcionária dedicada, correta, pontual e eficiente. Como se trata de um crime contra mulher, a Delegacia Especializada deve assumir a investigação e intimar o suspeito para prestar esclarecimento a respeito do crime praticado contra a vítima. (J.B)