Jovens que promoveram rebelião no CSE são denunciados pelo MPRR

Segundo o MPRR, os denunciados confeccionaram o artefato popularmente conhecido como "tereza", que é uma espécia de corda feita com lençol, com um sabonete amarrado na ponta e danificaram a fiação das câmeras de segurança do local

Tumulto ocorreu no último sábado, 19 (Foto: Divulgação)
Tumulto ocorreu no último sábado, 19 (Foto: Divulgação)

Dois jovens de 18 anos foram denunciados pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) por danificar bem público, apologia a fato criminoso, ameaça e corrupção de menores, durante a rebelião no Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz (CSE), que ocorreu no último sábado, 19.

A denúncia, que foi ajuizada nesta terça-feira, 22, pela Promotoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados contra Criança e Adolescente, relata que os jovens e mais três adolescentes iniciaram a rebelião e incentivaram os demais internos a aderirem ao movimento. As ações foram realizadas por volta das 13h da tarde.

Segundo o MPRR, os denunciados confeccionaram o artefato popularmente conhecido como “tereza”, que é uma espécia de corda feita com lençol, com um sabonete amarrado na ponta e danificaram a fiação das câmeras de segurança do local. Os envolvidos também destruíram colchões, cadeados e espalharam fezes pela instituição.

As investigações apontaram que os infratores ameaçaram de morte os agentes socioeducativos, e ainda promoveram apologia a fato criminoso, uma vez que enalteciam uma organização criminosa. Também foram apreendidos artefatos perfurantes artesanais que foram utilizados durante a ameaça.

A rebelião cessou apenas com a chegada do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar de Roraima (BOPE), que encaminhou os envolvidos para a delegacia.

Os dois jovens estão recolhidos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC). Um deles cumpria uma medida socioeducativa por lesão corporal no âmbito doméstico, enquadrada na Lei Maria da Penha e o outro por ato infracional referente ao crime de roubo.

Caso sejam condenados, as penas de cada um dos envolvidos pode chegar oito anos de prisão.