Não há local público considerado totalmente seguro e, mesmo que sejam praças visitadas por muitas pessoas, é sempre preciso redobrar a atenção para não ser surpreendido pelos criminosos. Por volta das 22h50 de quarta-feira, dia 26, dois jovens foram abordados e roubados por cinco adolescentes na Praça do Mirandinha, no bairro Caçari, zona leste da Capital.
Policiais da Força Nacional (FN) atenderam a ocorrência. As vítimas, ainda nervosas, informaram que estavam conversando, um pouco afastadas de outras pessoas, quando os adolescentes apareceram e um deles estava portando uma arma de fogo que ficou apontada para as vítimas, enquanto os outros quatro indivíduos tiraram dos bolsos dos rapazes a chave de um veículo e a quantia de R$ 22.
Depois do crime, os cinco fugiram, tomando rumo incerto. Ao entrarem em contato com os policiais, as vítimas foram orientadas a aguardar numa lanchonete e lá avistaram dois envolvidos no roubo. Assim que a guarnição chegou à praça, somente um dos menores estava no local. O comparsa já tinha saído. Ambos foram reconhecidos pelos jovens. O infrator, de 14 anos, foi apreendido e levado para a Central de Flagrantes do 5º DP.
Durante os depoimentos na delegacia, as vítimas reafirmaram as informações dadas à Força Nacional, enquanto o menor infrator declarou que estava com mais quatro colegas, todos adolescentes, quando um deles, que mora no bairro Raiar do Sol, na zona oeste de Boa Vista, fez o convite para assaltarem. O idealizador do assalto estava com uma arma que dizia ser simulacro de pistola.
Ao avistarem os dois jovens, decidiram roubá-los e o adolescente que portava a arma foi quem ficou com a chave do carro da vítima. O menor apreendido contou que correu, mas, em seguida, foi para uma lanchonete com um colega, sendo abordado pela polícia. O menor disse que conheceu o “cabeça” do bando há uma semana, na Praça do Mirandinha, onde se encontravam todos os dias, mas na quarta-feira foi a primeira vez que participou de um roubo. Antes disso, segundo afirmou, nunca tinha sido apreendido e não usa entorpecente.
A delegada de plantão pediu uma investigação mais rigorosa para esclarecer o fato e liberou o adolescente, que deixou as dependências da unidade policial nas mesmas condições físicas em que foi apresentado. (J.B)