Os três agentes da Polícia Civil de Roraima presos em julho deste ano, suspeitos de participarem de um esquema de roubo de ouro tiveram sua prisão preventiva revertida para prisão domiciliar.
Em conversa com a reportagem da Folha, o delegado Márcio Amorim da corregedoria informou que eles não ficarão mais em ações de rua e vão exercer apenas funções administrativas enquanto respondem as investigações da corregedoria de polícia civil.
“Por ordem da justiça tiveram os portes de armas suspensos, foram proibidos de andar de viatura, manter contato com testemunhas e vítima, devem se recolher aos domicílios a noite e outras situações visto que só podem ficar afastados de suas funções por 60 dias” explicou o delegado.
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A operação corre em segredo de justiça, os detalhes serão divulgados somente após o fim das investigações. Dois dos três policiais envolvidos foram denunciados à Corregepol após terem tirado milhares de reais em barras de ouro de um garimpeiro em uma abordagem em que usavam viatura da própria polícia.
Segundo as fontes ouvidas pela Folha, o garimpeiro estaria organizando uma viagem de Pacaraima a São Paulo, para onde levaria o ouro ilegal, o que teria despertado o interesse dos agentes que teriam forjado uma operação e levado as barras, já que não havia comprovação da procedência do minério. “Tem gente muito grande envolvida nessa história, por isso a decretação do sigilo tão rápido”, confirmou uma dessas fontes ouvidas pela Folha.
Ainda, foi dito que dois dos policiais já estiveram envolvidos em atividades ilícitas e um deles teria chegado a ser expulso da corporação, mas retornou.
